A Universidade Tiradentes deu início às atividades em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado no próximo dia 21, com roda de conversa no último dia 6. A importância da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho foi debatida entre autoridades no assunto em conversa aberta para gestores da instituição no bloco G, campus Farolândia.
O assunto levou o representante do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência, advogado Cláudio Brito, a ter participação ativa no evento. “Nós do Conselho somos incisivos nas questões da acessibilidade e do trabalho. Hoje somos parceiros da Unit, porque trabalhamos com muita dignidade aqui. Inclusive, em todas as ações referentes às pessoas com deficiência, a Unit está sempre presente, abrindo portas para empregabilidade junto a órgãos públicos e privados, chegando a superar outras entidades no quesito oportunidade. Estou aqui como testemunha, e para parabenizar essa evolução e capacidade de superação da própria Unit de ter alcançado o que alcançou hoje”, avalia Brito.
Para o reitor da Universidade Tiradentes, professor Jouberto Uchôa de Mendonça, a responsabilidade social é um compromisso que a instituição tem com os assuntos que transformam a sociedade. “A Unit já vem há alguns anos cumprindo isso fielmente. Quando precisamos recrutar um profissional, consultamos a entidade responsável. E quando há o candidato para o preenchimento da vaga, é contratado imediatamente, porque é importante darmos o apoio necessário para o desenvolvimento de pessoas, sejam com deficiência ou não”, relata Uchôa.
É preciso vencer a barreira do preconceito, pois ainda há quem duvide da capacidade de indivíduos com deficiência. De acordo com a Diretora de Gente e Carreira da Unit, Patrícia Junquilho, PCD precisa apenas de oportunidade para que se desenvolva e se destaque em sua área de atuação. “É uma pessoa que, com oportunidade para trabalhar, certamente vai revelar suas competências e trazer resultados satisfatórios para a instituição onde trabalham. Entendemos que precisamos vencer a barreira do preconceito”, avalia.
O colaborador Otoniel Alves Aragão é um dos exemplos na Unit. Ele foi admitido para atuar no apoio de atividades administrativas do Departamento de Assuntos Acadêmicos e Financeiros, mas após seu desenvolvimento no setor, com trabalho ético e competente, foi promovido a auxiliar acadêmico. “Tudo o que vivencio aqui é lição de vida e essa eu vou levar para minha vida toda! Obrigado mais uma vez pela oportunidade, enquanto pessoa com deficiência que se dedicou muito para estar aqui. Estou muito feliz, porque eu faço parte dessa equipe que é [nota] 5 no MEC, e quero ajudar a desenvolver cada vez mais”, conta o colaborador.
Espaço profissional
Às vezes, os cargos oferecidos a PCDs ainda são muito operacionais, e a Unit busca conscientizar que todas as pessoas estão aptas a serem especializadas em suas áreas, basta terem estudado para isso. “Temos aqui vários egressos capacitados, professores e tutores que são pessoas com deficiência. Hoje essa ideia de que o PCD não é uma pessoa produtiva está totalmente fora de questão”, completa Patrícia Junquilho.
É o que reforça a gerente acadêmica da EAD, professora Karen Sasaki, ao informar que está com vagas abertas para pessoas com deficiência. “O processo seletivo, inclusive, não será diferente, utilizaremos a mesma prova de qualificação técnica e profissional para os candidatos com deficiência que são aplicadas para pessoas sem deficiência”, conta Sasaki.