No Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LDIP), do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), situado no campus da Universidade Tiradentes (Unit), uma pesquisa de relevância social ganha forma. Nessa empreitada, a jovem cientista do 2º período do curso de Biomedicina, Nina Figueiredo, se dedica a compreender os mecanismos da esquistossomose, uma doença parasitária de impacto global.
A estudante encontra-se imersa em um projeto de iniciação científica de grande impacto social. Vinculada ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Processos, Nina tem como missão auxiliar no estudo da incidência de esquistossomose em uma escola fundamental em São Cristóvão, no estado de Sergipe.
“Acompanho os pesquisadores do LDIP. As tarefas envolvem desde a análise de amostras fecais até a busca de artigos científicos para embasar o projeto. É um trabalho mais de observação e acompanhamento”, esclarece, destacando a natureza de sua contribuição.
O projeto, intitulado “Avaliação da condição nutricional de escolares infectados ou não pelo Schistosoma mansoni de São Cristóvão, Sergipe”, reúne uma equipe dedicada sob a orientação da Dra. Verónica de Lourdes Sierpe Jeraldo, Dra. Claudia Moura de Melo e Dr. Rubens Riscala Madi. Junto a colegas de pesquisa, como Aline Távora Oliveira e Bianca Thereza Alves Lopes, Nina assume um papel fundamental na coleta e análise de dados.
Escolha do tema
A escolha do tema não é por acaso. Nina se vê atraída pelo estudo das doenças infecciosas e, ao adentrar o laboratório LDIP, encontra a oportunidade de contribuir para um entendimento mais profundo da esquistossomose. “Está sendo algo muito positivo, pois estou aprendendo muito sobre parasitas, como é a pesquisa científica e como é o dia a dia num laboratório de pesquisa”, destaca, demonstrando o valor da iniciação científica em sua formação.
O município de São Cristóvão foi escolhido como cenário da pesquisa devido à prevalência de infecção por Schistosoma Mansoni na região. “Há prevalência de infecção de Schistosoma mansoni. Como uma das mestrandas é nutricionista infantil e a outra é bióloga, procurou investigar dentro da comunidade um local que pudesse ver a prevalência da doença em crianças e em adolescentes,” explica Nina.
O estudo envolve um total de 467 crianças, e embora dados preliminares ainda não estejam disponíveis, a pesquisa já se encontra em fase avançada de coleta de amostras fecais para análises laboratoriais. O trabalho de Nina e sua equipe não se restringe às quatro paredes do laboratório.
O estudo visa, sobretudo, auxiliar no diagnóstico e tratamento das crianças da escola fundamental em questão, oferecendo uma perspectiva valiosa sobre a prevalência de esquistossomose na comunidade. “É um passo crucial na luta contra as parasitoses em uma área onde o saneamento básico é uma necessidade urgente”, pontua.
Ao compartilhar sua jornada na iniciação científica, Nina revela não apenas um interesse pela pesquisa, mas também uma paixão por desvendar soluções e desafios. Com o suporte da Universidade Tiradentes, a estudante vislumbra um futuro promissor como pesquisadora, dedicada a desvendar os mistérios das doenças infecciosas e a contribuir para o avanço da ciência.
*matéria atualizada em 10/11/2023, às 9h39 e às 12h06.
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