‘Não chore’. A frase intitula o trabalho produzido por um grupo de acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo e que está em exposição no foyer da Biblioteca Central do Campus Aracaju Farolândia até a próxima sexta-feira, 21 de junho. A intervenção é resultado de uma atividade referente à disciplina Estética e Estudo da Arte e serve como um alerta à comunidade acadêmica sobre o perigo do mosquito Aedes aegypti, popularmente conhecido como mosquito da dengue.
Para isso, os estudantes do primeiro período Ronaldo Lima, Andrei Vasconcelos e Maxsuel Oliveira trouxeram, de forma bem lúdica, um trabalho produzido com alguns recipientes propícios à proliferação deste mosquito, água e um boneco, simbolizando uma vítima da dengue hemorrágica, a forma mais letal da doença.
“Neste período chuvoso, as pessoas ficam um pouco relapsas com os cuidados com o ambiente em que mora. E nós desenvolvemos este trabalho para conscientizar, principalmente o grande número de alunos da instituição, sobre os reais motivos e consequências que o mosquito da dengue traz a população”, explica o estudante e artista plástico Ronaldo Lima. Segundo ele, algumas peças já foram expostas em bienais e o grupo tem pretensões de realizar intervenções urbanas em algumas praças movimentadas da cidade.
Além do grupo de Ronaldo, outros vinte trabalhos associados ao conceito de arte urbana foram produzidos por outras turmas do curso. Os estudantes realizaram, por exemplo, performance do abraço no minishopping, intervenções na praia com turistas, pintura em paredes e bancos, flash mob, dentre outras produções. O professor Manoel Macedo, responsável pela disciplina de Estética e Estudo da Arte, acredita que as expressões artísticas mostram desde o início a qualidade e criatividade dos alunos.
“Muita gente acredita que arte urbana é só grafite, mas existem diversas expressões que podem ser vistas na cidade, ao ar livre ou em áreas públicas. A expressão artística pode tomar forma e significar mensagens para as pessoas. É um trabalho que já mostra a qualidade e criatividade desses alunos e a primeira motivação é que eles saiam dos limites das salas de aula. Muitas vezes os alunos fazem produções fantásticas, mas que ficam nas gavetas. Acho importante que disciplinas que tenham um empenho criativo exponham esses trabalhos”, afirma o docente.