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Jovem de Muribeca transforma projeto de extensão ambiental em artigo

O projeto didático-pedagógica foi realizado com alunos de uma escola municipal do povoado Pau Alto, em Muribeca (SE) para conscientização ambiental

às 00h17
Apresentação do teatro de fantoches - Fonte: Acervo Josevan Nascimento (2019)
Apresentação do teatro de fantoches - Fonte: Acervo Josevan Nascimento (2019)
Atividade de coleta seletiva - Fonte: Acervo Josevan Nascimento (2019)
Profa Dr Vanda Salmeron
Josean Nascimento
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Por Raquel Passos e Quésia Cerqueira

O sergipano de Muribeca, Josean Nascimento, é futuro biólogo e tem verdadeira paixão pela sua cidade natal. Afinal, esta localidade do agreste sergipano é rica em áreas naturais com riachos, nascentes, além do rio Japaratuba Mirim que atrai uma rica fauna e flora. Por essas e outras questões ambientais que o aluno de Ciências Biológicas da Universidade Tiradentes realizou um projeto de extensão em sua cidade.

Trata-se do projeto de extensão didático-pedagógica “A ludicidade como prática pedagógica no processo de aprendizagem”, realizado em 2019, uma turma multisseriada da Escola Municipal José Manoel da Silva, localizada no povoado Pau Alto, em Muribeca, que teve publicação recente no Caderno de Graduação Ciências Biológicas e da Saúde do Grupo Tiradentes.

“Diante de um contexto ambiental pouco valorizado pelos órgãos públicos do município de Muribeca, em que resido desde meu nascimento, resolvi abarcar em meu projeto a sensibilização ambiental na escola que estudei durante toda minha infância”, pontua o futuro biólogo.

Com a intenção de sensibilizar, as atividades do projeto estimularam os alunos a implementarem ações sustentáveis no cotidiano. Para isso, o sergipano fez paródias de músicas atuais, realizou vivência com os alunos em área arbórea da escola, além de oficinas de reciclagem e coleta seletiva. “Queria que refletissem sobre o desmatamento e suas consequências. Em seguida, os alunos apresentaram um teatro de fantoches com enredo sobre ações que deveriam ser praticadas para conter os avanços das mudanças climáticas”, explica Josean Nascimento. 

Para a professora do curso de Ciências Biológicas, Vanda Salmeron, orientadora do projeto, proporcionar a vivência do contexto escolar ao acadêmico é permitir que ele perceba os problemas existentes na comunidade. “É fundamental, em primeiro lugar, integrar a fundamentação epistemológica dos conceitos da disciplina Didática com a prática extensionista. Além de sensibilizar os alunos da classe multisseriada a refletir sobre a relevância de cuidar e preservar o meio ambiente em prol da qualidade de vida deles e da comunidade”, coloca.

Segundo Josean, o entendimento dos alunos foi notado após o desenvolvimento das ações. “Na hora do recreio, percebemos mudança no posicionamento deles que costumavam caçar pássaros com estilingue. Realmente perceberam que esta prática é danosa para os serviços ecossistêmicos. Por isso, são ações como este projeto que, concomitante a outras, são capazes de transformar a realidade socioambiental de uma comunidade pouco percebida pelo meio científico e governamental”, finaliza Josean.

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