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Julho amarelo: mês chama a atenção para o combate das hepatites virais

Especialista alerta quanto aos cuidados e formas de prevenção das doenças

às 10h21
O mês de julho tem tido grande destaque. Desde 2010, a Organização Mundial de Saúde instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, e os cuidados, assim como as formas para prevenção, vêm ganhando repercussão em todo o país. Os números no Brasil ainda são alarmantes.
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De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 40.198 novos casos de hepatites virais no ano passado. O levantamento também indicou o crescimento de notificações da doença. De 1999 a 2017, são 718.837 casos notificados com hepatites virais.

“Existem outras causas de hepatites, mas as virais são as mais importantes em termo de saúde pública. Atualmente são conhecidos cinco vírus o A, B, C, D e E. Os principais do nosso meio são o A, B e C”, declara o infectologista Matheus Todt, docente do curso de Medicina da Universidade Tiradentes.

Da forma mais comum a mais grave, as hepatites virais podem evoluir para casos mais crônicos e ocasionar doenças como o câncer de fígado e a cirrose. Por isso, a prevenção é tão importante.

 

Transmissão

A transmissão da Hepatite A é feita pela água e alimentos contaminados. Além da A, a D e E são quadros relativamente benignos.

“De cinco a dez dias de repouso e acompanhamento, o paciente já está fora de tratamento. No entanto, os tipos B e C podem cronificar com repercussões, inclusive fatais”, observa o médico.

Segundo o Ministério de Saúde, do total de óbitos com causa básica por hepatites virais de 2000 a 2016, mais de 70% das mortes são decorrentes da Hepatite C. A Hepatite B ficou em segundo lugar.

“Para a Hepatite B, a transmissão é via sexual. Já a C pode ser por transfusão sanguínea, compartilhamento de agulhas e também pode ser por via sexual. Além da transmissão vertical, ou seja, da mãe para o feto”, alerta Dr. Matheus.

 

Diagnóstico

Para a Hepatite A, o paciente, geralmente criança, apresenta alguns sintomas como o olho amarelado, febre e vômitos. Com o quadro sugestivo, são realizados exames para o diagnóstico.

“É importante ressaltar que a Hepatite B e C são geralmente silenciosas. Quando o paciente tem um sintoma, geralmente encontra-se em estágio avançado. Geralmente, os casos são diagnósticos por triagem. Ainda o grupo de risco para os dois tipos são usuários de drogas e homossexuais. O paciente que teve uma exposição de risco vai ao médico e faz os exames para detecção”, explica o infectologista.

 

Prevenção

Em casos como a Hepatite A e B, a vacina é a principal forma de prevenção da doença. Para o tipo A, os cuidados com a alimentação, manipulação de alimentos e lavagem das mãos também é importante.

“A Hepatite B tem uma vacina muito eficaz, uma das mais modernas, em três doses. Uma das vacinas que possui menos efeito colateral e tem uma capacidade de gerar imunidade muito boa, protegendo para uma doença potencialmente fatal”, ressalta Dr. Matheus Todt.

“A Hepatite C, a forma mais grave, não possui vacina. A única forma de prevenir é evitar a transfusão sanguínea, o uso de drogas e sexo desprotegido”, finaliza.

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