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Maquiagem ultrapassa fronteira de gênero e significa autocuidado para muitos

O uso da maquiagem pelo público masculino já não é mais tabu. A indústria da beleza tem evoluído em relação a ofertar e promover diversidade

às 19h01
Professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes, Shirlei dos Santos Campos
Professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes, Shirlei dos Santos Campos
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A maquiagem masculina, tabu para alguns, assunto de interesse para outros, ainda gera discussão e divide opinião. O fato é que, nos últimos anos, a indústria da beleza tem ultrapassado fronteiras de gênero, cor e idade. Autoestima, vaidade, simetria… A maquiagem é um leque de possibilidades para o ser humano. E ela não tem gênero. 

A história aponta que os primeiros sinais da vaidade podem ser notados no período paleolítico. Já na pré-história, os homens usavam por enfeites os dentes, chifres e peles dos animais. De lá pra cá foi um longo caminho. Nos últimos anos, o homem tem buscado, cada vez mais, manter um cuidado e tratamento com o seu corpo e sua estética. Barba bem feita, cabelo bem cortado, são alguns exemplos da vaidade do homem. Mas, e a maquiagem? 

Para a professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes, Shirlei dos Santos Campos, a maquiagem não é sinônimo de fragilidade masculina. E esse é um tabu que deve ser vencido por muitos homens. “A vaidade não é característica exclusiva das mulheres. Cada dia que passa, os homens se preocupam mais com cabelo, barba e também com a maquiagem, não sendo sinônimo de fragilidade e sim de autocuidado, um pouco de vaidade ou até estilo de vida”, ressalta. 

De acordo com levantamento da Euromonitor, entre os anos de 2012 e 2017, as vendas de produtos de beleza para homens cresceram 70% no Brasil. Nos últimos tempos, a indústria da beleza tem investido na diversidade. Há pouco tempo, era comum os tons brancos dominarem as tonalidades de base. Hoje, é possível encontrar uma variedade de tons de pele. 

“Hoje em dia existe uma grande diversidade de tons e texturas de base para atender as necessidades das pessoas, com tons e subtons, além de tipos diferentes de pele – oleosa, mista, seca, normal – e algumas bases também com proteção solar. A indústria da beleza deseja atender aos clientes dentro de suas particularidades e quer cada vez mais poder atingir os desejos dos seus clientes, sejam eles homens ou mulheres”, destaca a professora Shirlei.

Apesar do marketing da maquiagem ser voltado mais para o público feminino, não há produtos específicos para homens e para mulheres. A maquiagem é para todos. Na hora da escolha, alguns critérios devem ser levados em consideração, como o tipo de pele, já que a pele masculina tende a ser mais oleosa que a feminina.

Por isso, o curso Estética e Cosmética da Unit prepara o aluno para se tornar um profissional capaz de atender o anseio do indivíduo. “O profissional da estética deve estar preparado para atender o indivíduo, diante de suas necessidades, sem preconceitos e entender as particularidades de cada pele, além de saber indicar os cuidados pré e pós maquiagem”, revela a professora.

 

Maquiagem feminina e masculina

A diferença entre a maquiagem feminina e a masculina está na finalidade, conforme explica a professora. “A diferença na maquiagem do dia a dia é que geralmente os homens não fazem uso de sombras, delineadores e batons, mas quando querem utilizar uma maquiagem mais elaborada utilizam mais elementos . Porém, a maioria dos homens usam mais produtos para uniformização da pele – base, corretivo e pó – que podem ser com ou sem fator de proteção solar”, expressa. 

O cuidado não é uma mera vaidade. Mas, sim, uma necessidade de estar bem consigo, de trabalhar sua autoestima. Com a maquiagem não é diferente. A professora Shirlei completa: “a maquiagem é para todos”.

 

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