“Meu filho quer ser youtuber, e agora?” Essa costuma ser a primeira reação dos pais ao descobrirem a pretensão dos filhos em fazer vídeos para internet, seja por diversão ou por inspiração. Mas o que fazer se o filho pequeno pede isso? Para o professor de Psicologia da Universidade Tiradentes, Cleberson Costa, esse é um movimento natural da sociedade atual.
“De um modo geral, todos nós, quando crianças, tínhamos os sonhos baseados pelo que estava em evidência. Se no nosso tempo as referências estavam mais nos artistas televisivos, atualmente a galera do YouTube tem se tornado celebridade, e naturalmente são as principais referências da nova geração. É natural que nossas crianças também queiram ser um deles. O detalhe mais importante é entender qual “YouTuber” a criança quer ser e qual conteúdo ela quer produzir, Aí podemos dizer que pode ter alguma situação de risco, caso encontre-se incompatibilidade com a faixa-etária”.
Muitos pais acreditam que, mesmo com supervisão, a criança ainda não está preparada para a exposição que a plataforma traz. Defendem que a criança não tem consciência plena do que representa ser um Youtuber e, com o tempo gasto para a produção dos vídeos, poderia fazer outras coisas, como brincar ou fazer alguma atividade extracurricular. Cleberson reitera que qualquer excesso requer cuidado.
“As redes sociais tem um alcance inimaginável e pessoas de diferentes idades e perspectivas podem interagir entre si. O terreno é, sim, ainda mais sutil para as crianças, e não à toa que é proibida a presença em algumas redes sociais. A criança ainda tem pouca capacidade de discernimento das informações sociais publicadas, dos possíveis riscos que alguns perfis podem oferecer, pois isso a importância de não encurtar esse caminho de exposição nas redes sociais virtuais”, completa.
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