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Novo salário mínimo, rotativo do cartão de crédito e reforma tributária: como impactam na vida da população?

Economista analisa os impactos desses temas na economia e no orçamento das famílias

às 20h26
Foto: Freepik
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Com as recentes alterações no salário mínimo, novas regras para o rotativo do cartão de crédito e a discussão sobre a reforma tributária, a economia brasileira passa por transformações significativas. 

Para entender de que forma essas mudanças impactam a vida da população, o economista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), Josenito Oliveira, explica como os brasileiros podem se preparar e enfrentar desafios financeiros decorrentes dessas modificações.

“A renda é crucial, especialmente para quem está no lado da oferta e busca vender produtos ou serviços. Vale destacar que boa parte do salário mínimo se destina ao mercado, contudo, as despesas relacionadas à moradia, vestuário, lazer e outras necessidades ainda podem apresentar desafios. Explorar esses aspectos é fundamental para compreender o impacto do salário mínimo na vida cotidiana e nas perspectivas econômicas”, explicou Oliveira.

Rotativo do cartão de crédito e Desenrola Brasil 

Quanto ao rotativo do cartão de crédito, o número significativo de pessoas endividadas chama a atenção. Josenito Oliveira esclarece a diferença entre endividamento e inadimplência e destaca o programa Desenrola Brasil, lançado pelo governo para auxiliar aqueles que estão endividados. O programa visa proporcionar condições para que as pessoas possam contrair dívidas de longo prazo, evitando comprometer totalmente a renda.

“É fundamental esclarecer a diferença entre endividamento e inadimplência; se alguém tem dívidas e não consegue efetuar os pagamentos, entra para o grupo de inadimplentes, com débitos de 30, 90 dias, por exemplo. A iniciativa do Desenrola Brasil visa ajudar as pessoas a saírem dessa situação de inadimplência, permitindo que elas contraiam dívidas de longo prazo, como financiamentos para casa ou carro, algo que pode ser pago ao longo de anos. Ter um certo controle financeiro se torna, portanto, crucial para evitar o comprometimento total da renda e viabilizar planos de longo prazo”, reforça.

Josenito alerta para a necessidade de inteligência ao realizar compras, evitando comportamentos consumistas compulsivos. Ele recomenda que o cartão de crédito seja utilizado com planejamento, reservando-o para aquisições de bens duradouros, como eletrônicos, e não para consumos imediatos.

“A primeira recomendação é evitar o uso do cartão de crédito para consumos imediatos, como, por exemplo, combustível. É necessário um planejamento para evitar o uso do cartão de crédito nesses casos, reservando-o apenas para a aquisição de bens de longo prazo, como celulares e eletrodomésticos”, elenca.

Limitação de juros

A limitação da taxa de juros a 8% ao mês é uma medida que visa conter abusos por parte dos bancos. O economista reforça que o objetivo não é demonizar o cartão de crédito, mas compreender como utilizá-lo de maneira eficaz. Ele destaca a importância de manter um registro de todas as transações financeiras, especialmente em situações emergenciais.

“A taxa de juros foi limitada a 8% ao mês, conforme as novas regras, restringindo os bancos a cobrarem até 100% e não ultrapassarem esse limite. O intuito não é demonizar o cartão de crédito, muito pelo contrário, mas sim compreender como utilizá-lo de maneira eficaz”, pontua Josenito.

Os temas do novo salário mínimo, da nova regra para o rotativo do cartão de crédito e da reforma tributária são complexos e têm potencial para impactar de forma significativa na vida da população.

“Por exemplo, em situações emergenciais, como problemas de saúde que demandem medicamentos, gastos aparentemente pequenos de 10 em 10 reais podem se acumular, resultando em valores significativos. Nesse contexto, é fundamental manter um registro de todas as transações financeiras”, aconselha.

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