O metaverso é um mundo virtual que reproduz uma realidade paralela por meio da tecnologia. Empresas como Google, Apple e Microsoft já têm criado dispositivos para a implementação deste espaço, promovendo experiências físicas online e offline. Mas, até o momento, o que é conhecido deste novo mundo deve-se principalmente aos games. Para especialistas, o metaverso envolve uma discussão mais ampla sobre a concepção de mundo, hábitos e ferramentas acessíveis.
Segundo o professor doutor Alexandre Meneses Chagas, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tiradentes (PPED/Unit), o metaverso reúne características que já existem. “A ideia de se ter uma representatividade digital não é nova. Que são os avatares. A ideia nova está sendo idealizada é um metaverso que vai juntar várias tecnologias que já existem e já funcionam, mas que ainda não são abrangentes. Realidade aumentada, realidade virtual… São tecnologias que vão fazer um metaverso mais imersivo”, explicou.
No entanto, o metaverso requer estrutura. “Os smartphones possibilitam trabalhar com realidade aumentada, por exemplo, mas existem poucos aplicativos para criar a realidade aumentada. Isso exige muito, tem custo alto para manter computadores, servidores e espaço para que sejam produzidos. Há uma questão técnica para a qual ainda não existe uma solução. Acredito que em um ou dois anos comecem a projetar e fazer os primeiros experimentos”, disse Chagas.
De acordo com ele ainda existe um outro problema para resolver: vai ser um metaverso ou vários metaversos? Atualmente, a internet possui protocolos unificados para todas as ações realizadas, como acessar site e enviar e-mails. Se cada empresa, por exemplo, criar o seu próprio metaverso, o usuário terá que se cadastrar e participar individualmente de cada ambiente.
Educação
No âmbito da educação, é preciso preparar os estudantes para o desenvolvimento de habilidades e profissões voltadas para o metaverso. “O que eu vislumbro do metaverso que possa contribuir para a educação é pensar e já começar a preparar, principalmente essa geração, que por mais que já estejam mais imersos na tecnologia, precisam de conhecimento mais profundo. É preciso lembrar que o metaverso deve ser criado para pessoas, não somente para um avatar”, ressaltou o professor.
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