A areia da praia, a grama de um parque e o contato com outras pessoas são algumas estratégias, por exemplo, que contribuem no estímulo de diversas habilidades cognitivas da criança. Esta interação é justamente a proposta do Projeto de Inclusão Social, desenvolvido por alunos do 7º período do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes com pacientes do Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia. Nesta sexta-feira, 4 de abril, crianças, em sua maioria com paralisia cerebral, vivenciaram uma experiência única no Parque Augusto Franco, mais conhecido como Parque da Sementeira, localizado no Bairro Jardins. As atividades lúdicas fizeram parte da programação e envolveram alunos, professores, pacientes e familiares.
“Para algumas mães, fisioterapia é levar apenas a criança para o ambulatório. Por isso, a cada semestre, levamos as crianças para um lugar diferente porque isso possibilita fazer fisioterapia”, explica a professora da disciplina ‘Saúde da Criança’ e responsável pelo projeto, Daniela Maia.
Segundo a docente, esta é a primeira vez que o projeto é desenvolvido no Parque. Este contato possibilita desenvolver diversas habilidades nas crianças. “Na natureza, por exemplo, existe o verde da grama e o azul do céu que geram informações visuais e motoras para a criança. Isso refletirá nos movimentos dela quando a mesma levanta a cabeça, quando dá um sorriso ou no querer mexer a mão para pegar a grama. Desta vez, também trouxemos diversos cachorrinhos para ver o contato dessa criança com os bichinhos”, conta a responsável pelo projeto.
Itamara Santana já percebe a evolução do João Mateus Santana, de 1 ano e 10 meses. Há doze meses, ela frequenta o Centro e está satisfeita com o resultado. “Agora ele está bem melhor, mais esperto e evoluiu muito em um ano. Já sabe equilibrar a cabeça sozinho, consegue pegar alguns objetos e se sente mais estimulado”, afirma a mãe Itamara.
Apesar do pouco tempo frequentando a clínica, Maria de Fátima Lima também percebe a recuperação mais rápida do neto, Ricardo Manoel, de dez meses. Há 60 dias, Ricardo fez uma cirurgia no coração, devido a uma má formação do órgão. “Acho excelente o atendimento e a recuperação dele está sendo muito boa”, acredita dona Maria de Fátima, avó da criança.
O passeio proporciona não apenas a evolução do paciente, mas dá aos acadêmicos do curso a oportunidade de interagir com a comunidade e desenvolver as práticas da profissão. “É a primeira vez que tenho uma prática extensionista com crianças e está sendo muito divertido. Aproveitamos muito. Cada sorriso que ela dá é uma satisfação para mim”, explica o aluno do 7º período do curso, Leonardo Lacks Melo.
O encontro foi encerrado com uma grande festa, com direito a frutas diversas, sucos, bolo e refrigerante.
Fotos: Marcelo Freitas