O reconhecimento do Ofício, Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil como Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) marca um momento significativo na história e na valorização das tradições brasileiras. Esta decisão não só ressalta a importância dessas mulheres na sociedade, mas também traz uma série de benefícios e mudanças que podem impactar positivamente tanto as parteiras quanto as comunidades que elas atendem.
As parteiras tradicionais desempenham um papel fundamental em diversas comunidades brasileiras, especialmente em áreas rurais e indígenas onde o acesso a serviços de saúde é limitado. Com seu conhecimento transmitido ao longo de gerações, elas combinam práticas ancestrais com uma profunda conexão com a natureza, garantindo o bem-estar de mães e bebês.
Saúde e bem-estar comunitário
Em muitos casos, as parteiras são a única opção para as mulheres em regiões remotas. Elas oferecem não apenas assistência durante o parto, mas também apoio emocional e orientação sobre cuidados maternos e infantis. Isso fortalece os laços comunitários e promove uma abordagem mais humana e culturalmente sensível à saúde.
Entre os principais benefícios estão:
- Fortalecimento das práticas tradicionais: O reconhecimento pelo Iphan aumenta a visibilidade das parteiras tradicionais, promovendo o respeito e a valorização de suas práticas dentro e fora de suas comunidades. Isso pode levar a um fortalecimento das tradições locais e à continuidade dessas práticas por futuras gerações.
- Apoio e políticas públicas: Com a oficialização desse reconhecimento, há um aumento na probabilidade de que políticas públicas sejam criadas ou aprimoradas para apoiar as parteiras. Isso pode incluir programas de formação, recursos financeiros e materiais, e a criação de redes de apoio para que elas possam continuar seu trabalho de forma mais eficaz.
- Impacto social e cultural: O reconhecimento também reforça o papel das parteiras como agentes de mudança social. Elas não só atendem as necessidades de saúde das mulheres, mas também promovem o empoderamento feminino, a autonomia das comunidades e a preservação de conhecimentos ancestrais que são parte fundamental da história do Brasil.
O que muda com o reconhecimento
Com a declaração das parteiras como Patrimônio Cultural, várias mudanças positivas podem ocorrer:
- Valorização social: As parteiras ganham um novo status social, sendo reconhecidas não apenas em suas comunidades, mas em todo o país, como guardiãs de um saber essencial.
- Incentivo à formação: O reconhecimento pode estimular a criação de cursos e programas de formação para novas parteiras, garantindo que essas práticas continuem a ser passadas adiante.
- Melhoria das condições de trabalho: As parteiras podem ter acesso a melhores condições de trabalho, com mais recursos e suporte para desempenharem suas funções com segurança e eficiência.
Impacto a longo prazo
O impacto do reconhecimento das parteiras como Patrimônio Cultural vai além do imediato. A longo prazo, espera-se que:
- Aumento da conscientização: Haverá um aumento na conscientização sobre a importância das parteiras, tanto no Brasil quanto internacionalmente, promovendo o respeito por essas práticas tradicionais.
- Sustentabilidade das comunidades: As comunidades que dependem das parteiras poderão se beneficiar de maior autonomia e resiliência, com práticas de saúde que respeitam suas culturas e tradições.
- Fortalecimento das identidades locais: Ao proteger as práticas das parteiras, o Brasil também fortalece suas identidades locais e regionais, celebrando a diversidade cultural que é uma característica marcante do país.
Com informações do site do Governo de Sergipe
Leia também: Aluna de Medicina da Indonésia faz intercâmbio na Unit e participa do Masterfitts