A Academia Brasileira de Treinadores do Comitê Olímpico Brasileiro realizou na última terça-feira, 22, em sua sede localizada no Rio de Janeiro, o Seminário de Orientação de Corpo Docente para os facilitadores da própria Academia.
Colaborador da Academia há vários anos, o pós-doutor em Psicofisiologia na Universidade Gama Filho e professor da Universidade Tiradentes Estélio Henrique Martins Dantas participou pela primeira vez como membro da Associação Brasileira de treinadores.
Personagem atuante no cenário acadêmico e desportivo, o doutor Estélio explica que o Comitê Olímpico possui o Instituto Olímpico Brasileiro. A entidade é responsável pelo planejamento, política e estruturação do treinamento em longo prazo, sendo que um dos projetos do Instituto é a Academia Brasileira de Treinadores, formada por treinadores destacados em todo o mundo e cientistas brasileiros. “A Academia existe porque seus membros detectaram que o que impede o crescimento do atleta é o nível do treinador uma vez que ele, o atleta, vai além do seu nível”, explica o doutor Estélio, um dos membros da entidade.
“A cada ano escolhemos três modalidades esportivas com chance olímpica e selecionamos, para cada um desses esportes, 40 treinadores”, explica o docente acrescentando que a Academia já trabalha com o ciclo 2016/20.
Os treinadores escolhidos participam de cursos específicos: descoberta de talentos, iniciação ao treinamento e um curso de aperfeiçoamento.
“Esse foi o primeiro encontro presencial, no qual todos os participantes tiveram a oportunidade de reciclar ações, conhecer como será desenvolvido o projeto e também discutir sobre o ciclo 2020/24”, acrescenta o membro da Academia.
A versão atual da entidade desenvolve seus trabalhos voltados para o Atletismo, Ciclismo, Remo e Canoagem, que dividem uma vaga nas olimpíadas.
“Em todo o Brasil foram selecionados 160 treinadores. Muitos são recém-formados e iniciam seus treinamentos de um ano e meio a partir do próximo mês”, salienta o doutor Estélio, lembrando que no ano passado o professor Marcelo Aquino, da Unit, teve oportunidade de fazer o curso na modalidade Natação, recebendo o título de treinador com validade de quatro anos.
Na opinião do docente da Unit, a grande vantagem em participar como membro do Comitê Olímpico e da Academia é a agilidade na troca de informações. “Estando perto de onde são tomadas as decisões, a capacidade que adquiro de trazer a informação é muito rápida. Nas minhas aulas, já passei para os meus alunos as chances que eles possuem de quando se formarem fazerem a Academia Brasileira de Treinadores”, conclui o doutor Estélio.
Foto – Marcelo Freitas