Criado no final de 2016, o projeto de extensão ‘Adapte Mais’ se destina a oferecer as atividades da cultura corporal atendendo crianças, jovens e adultos que apresentem qualquer tipo de deficiência. Está diretamente ligado ao curso de Educação Física presencial da Unit e é coordenado pela sua idealizadora, professora Núbia Lira. Aberto à comunidade, acontece durante as tardes das quartas-feiras numa das quadras cobertas do Complexo Desportivo da Unit, no Campus Farolândia. Após as férias letivas, suas atividades foram retomadas na tarde dessa quarta-feira, 13.
“É um projeto com avaliação diagnóstica contínua que também trabalha com as famílias, alternando momentos de integração entre pais e alunos e momentos em que apenas as crianças recebem os necessários cuidados dos alunos voluntários de Educação Física”, explica a professora Núbia.
A partir da observação de todo o processo de desenvolvimento motor das crianças são constatados avanços significativos, fato que torna o projeto imprescindível, especialmente para mães que desejam que os seus filhos tenham atenção especial quando o assunte é inserção social.
Desenvolvido em sua maioria com crianças (apesar de destinado a todas as faixas etárias), o projeto ‘Adapte Mais’ presta importante serviço a quem tem comprometimento de sociabilidade pela dificuldade de lidar com outras pessoas. “Todos eles estão dentro das deficiências intelectuais, muitos deles com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), transtorno neurobiológico de causas genéticas que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
“Eles chegam com total dificuldade de olhar para as outras pessoas, de compreender informações simples com autonomia”, afirma a coordenadora. Ela salienta que o propósito do projeto é que as crianças se sintam inseridas nas atividades e compreendam a ordem, sequência e a lógica dessas atividades e descubram o que deve ser feito em cada ação proposta. “Quando isso ocorre e eles começam a ter autonomia, estamos cumprindo uma tarefa extremamente importante para que eles se transformem em sujeitos cada vez mais com autonomia”, conclui a professora Núbia.
O egresso Jonas Oliveira dos Santos gostou tanto de atuar como voluntário do projeto enquanto estudante que prossegue acompanhando as ações praticadas durante as tardes das quartas-feiras.
“Considero como de grande importância o projeto pela experiência que ele me dá. É um constante aprendizado para todos nós saber lidar com essas crianças com deficiências”, explica Jonas.
Prestes a completarem 2 anos, Celeane Roberta Figueiredo percebeu que um dos seus gêmeos (hoje com 5 anos) tem autismo. Informada sobre o projeto, frequenta desde o período passado as sessões e se diz estimulada pelo fato de perceber que tem havido uma evolução no comportamento da criança.