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Projeto com mídia promove leitura crítica

Um grupo de pesquisadores se preocupou em desenvolver um núcleo para trabalhar os meios digitais de forma educativa na educação básica no interior sergipano.

às 17h56
Há um ano e meio, o doutor em Educação e professor Ronaldo Linhares e uma equipe multidisciplinar do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tiradentes – Unit – entraram junto à Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) no edital da Capes para a criação do Núcleo de Ciência e Tecnologia e Informação na Educação Básica em duas escolas profissionalizantes no interior de Sergipe – em Neópolis e no povoado agrícola Ladeirinhas do município de Japoatã.
Jovens pesquisadores buscam transformar olhares de professores e alunos em escolas
Jovens pesquisadores buscam transformar olhares de professores e alunos em escolas
Professor Ronaldo Linhares orienta os estudos
Grupo se reúne às sextas-feiras na sala 04 do bloco F, no campus Aracaju Farolândia
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O trabalho com mídias, criatividade e inovação é feito para alunos do ensino médio, com faixa etária entre 14 e 16 anos, e seus respectivos professores. “Primeiro a gente cria uma dinâmica na escola diferenciada, mais crítica. As aulas param para mais pessoas nos verem atuar, alguns professores se envolvem e outros alunos também se interessam. Outra questão positiva é que trabalhamos a perspectiva da literacia multimidiática e da alfabetização informacional. Entendemos que para atingir a completa cidadania, é exigido do sujeito saber interpretar as mídias e suas novas linguagens. Não basta só ler e escrever um texto, é preciso saber lidar com televisão, cinema, rádio e como usar a internet a favor da sua própria formação. Esse é o exercício que estamos fazendo com eles, possibilitando aos jovens e professores o conhecimento mínimo para que tenham um olhar mais crítico sobre as mídias e para que se tornem produtores de informação da região deles”, explica o professor Ronaldo Linhares.

Para a professora da Unit, que também leciona nas redes municipal e estadual de ensino, Rita Amorim, a importância do projeto é a de gerar e multiplicar conhecimento. “Aliás, este é um dos cumprimentos da função da universidade, pois realmente vai extensionar às comunidades e às redes o que discute e produz teoricamente e metodologicamente”, comenta.

Tecnologia a favor da (in) formação

A equipe do projeto conta com pedagogos, jornalistas e bolsistas de publicidade. A ideia do grupo é que os alunos transformem conteúdos das disciplinas em vídeos, façam pesquisa sobre os temas e os transformem em jornais e em programas de rádio. Ou seja, usar as tecnologias a favor da pesquisa e do aprendizado contínuo. “Como eles gostam de produzir esse tipo de material (vídeos e afins), então, a gente acha que unindo o útil ao agradável pode fluir bem”, conta.

O projeto se encerra em agosto com um seminário na Unit envolvendo todos os alunos e professores. Mas como tem dado bons frutos, o grupo permanecerá em atividade até o final do segundo semestre.

“Nessas escolas que começamos o projeto já retomamos com novas turmas. E ao invés de finalizar, vamos ficar até o fim do ano com essas turmas e ajudaremos as duas escolas a montar uma agência de comunicação digital. Eles sentem necessidade de falar da escola deles para a região, e então vamos ajudá-los a criar programas de rádio, vídeos no Youtube e Facebook, jornais e afins. Nossa preocupação é a de desenvolver competências audiovisuais com os alunos e professores, sempre dentro do conteúdo de formação deles”, comenta Linhares.

Ampliando as atividades

Essa proposta gerou um laboratório digital de formação de professores prestes a ir ao ar, e as oficinas realizadas serão disponibilizadas digitalmente também para eles acessarem como se fossem cursos. “Esperamos ampliar para escolas do Baixo São Francisco, pois temos convênio com a Secretaria da Educação; a coordenadora do ensino médio gostou do projeto e quer que acrescentemos dentro do conteúdo curricular dessas escolas”, lembra. A ideia é, ainda, disponibilizar também o conteúdo para professores da alfabetização.

Para colaborar com a produção das oficinas, o grupo está organizando material para as novas turmas, toda última sexta-feira do mês, na sala 4 do bloco F, do Campus Aracaju Farolândia, e está aberto para contribuição.

 

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