O trabalho com mídias, criatividade e inovação é feito para alunos do ensino médio, com faixa etária entre 14 e 16 anos, e seus respectivos professores. “Primeiro a gente cria uma dinâmica na escola diferenciada, mais crítica. As aulas param para mais pessoas nos verem atuar, alguns professores se envolvem e outros alunos também se interessam. Outra questão positiva é que trabalhamos a perspectiva da literacia multimidiática e da alfabetização informacional. Entendemos que para atingir a completa cidadania, é exigido do sujeito saber interpretar as mídias e suas novas linguagens. Não basta só ler e escrever um texto, é preciso saber lidar com televisão, cinema, rádio e como usar a internet a favor da sua própria formação. Esse é o exercício que estamos fazendo com eles, possibilitando aos jovens e professores o conhecimento mínimo para que tenham um olhar mais crítico sobre as mídias e para que se tornem produtores de informação da região deles”, explica o professor Ronaldo Linhares.
Para a professora da Unit, que também leciona nas redes municipal e estadual de ensino, Rita Amorim, a importância do projeto é a de gerar e multiplicar conhecimento. “Aliás, este é um dos cumprimentos da função da universidade, pois realmente vai extensionar às comunidades e às redes o que discute e produz teoricamente e metodologicamente”, comenta.
Tecnologia a favor da (in) formação
A equipe do projeto conta com pedagogos, jornalistas e bolsistas de publicidade. A ideia do grupo é que os alunos transformem conteúdos das disciplinas em vídeos, façam pesquisa sobre os temas e os transformem em jornais e em programas de rádio. Ou seja, usar as tecnologias a favor da pesquisa e do aprendizado contínuo. “Como eles gostam de produzir esse tipo de material (vídeos e afins), então, a gente acha que unindo o útil ao agradável pode fluir bem”, conta.
O projeto se encerra em agosto com um seminário na Unit envolvendo todos os alunos e professores. Mas como tem dado bons frutos, o grupo permanecerá em atividade até o final do segundo semestre.
“Nessas escolas que começamos o projeto já retomamos com novas turmas. E ao invés de finalizar, vamos ficar até o fim do ano com essas turmas e ajudaremos as duas escolas a montar uma agência de comunicação digital. Eles sentem necessidade de falar da escola deles para a região, e então vamos ajudá-los a criar programas de rádio, vídeos no Youtube e Facebook, jornais e afins. Nossa preocupação é a de desenvolver competências audiovisuais com os alunos e professores, sempre dentro do conteúdo de formação deles”, comenta Linhares.
Ampliando as atividades
Essa proposta gerou um laboratório digital de formação de professores prestes a ir ao ar, e as oficinas realizadas serão disponibilizadas digitalmente também para eles acessarem como se fossem cursos. “Esperamos ampliar para escolas do Baixo São Francisco, pois temos convênio com a Secretaria da Educação; a coordenadora do ensino médio gostou do projeto e quer que acrescentemos dentro do conteúdo curricular dessas escolas”, lembra. A ideia é, ainda, disponibilizar também o conteúdo para professores da alfabetização.
Para colaborar com a produção das oficinas, o grupo está organizando material para as novas turmas, toda última sexta-feira do mês, na sala 4 do bloco F, do Campus Aracaju Farolândia, e está aberto para contribuição.