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Quando a live é importante na disseminação da informação

Uma das alternativas encontradas por alunos e egressos dos cursos de Mestrado e doutorado da Unit durante esse período em que são obrigados a permanecerem reclusos é a utilização das mídias sociais para a produção de lives que possam dar visibilidade às suas pesquisas.

às 18h03
Na opinião do professor Caio Mesquita, a live estreita as relações e possibilita um universo de conhecimentos
Da esquerda para a direita, as pesquisadoras, Anne Emilie Cabral, Mariângela Lobo e Patrícia Batista
Da esquerda para a direita, as pesquisadoras, Anne Emilie Cabral, Mariângela Lobo e Patrícia Batista
O cuidado disponibilizado no visual da live
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Na opinião do Coordenador da Pós-graduação Stricto Sensu, doutor Álvaro da Silva Lima, a pandemia provocada pelo Coronavírus trouxe grandes reflexões no processo ensino-aprendizagem, desmistificação das informações e rechaço total das informações falsas, as famosas fake news.

Nesse sentido, alunos dos Programas de Pós-Graduação da Universidade Tiradentes têm se empenhado para fornecer suporte científico nas demandas práticas do cotidiano enquanto cidadãos e pesquisadores.

“Um trabalho primordial de alerta e de utilização dos recursos eletrônicos para a comunicação. As famosas lives que nos permite enfrentar as incertezas e angústias também se tornam uma ferramenta para o trabalho e a informação da sociedade. O conhecimento científico neste momento é de fundamental importância para a continuidade do dia”, opina o professor Álvaro.

Patrícia Batista  é doutoranda em Educação e membro do Grupo de Pesquisa História da Educação do Nordeste, liderado pelo professor Cristiano Ferronato. Sua pesquisa estuda instituições escolares no século XX, mas especificamente sobre suas comemorações escolares.

“Compreendemos a escola como esse lugar que foi sendo construída enquanto um espaço físico do instruir, do saber, do educar, como também um espaço das representações  sociais, entre elas as comemorações”, explica a pesquisadora.

Contudo, nesse momento em que o espaço reconhecido como sendo o lugar de estudo está impossibilitado de ser utilizado, fez-se necessário um repensar sobre  como o valor desse espaço  pode ser utilizado como outras formas de possibilidades para interações, estudos e pesquisas.

“Diante disso, os caminhos digitais nos abriram portas e campos para os diálogos. Através deles temos acesso ao Grupo de pesquisa e através da tecnologia foi possível abrir um canal de debate para ampliar a discussão com outros convidados a respeito da dinâmica da Educação”, afirma Patrícia. Ela reconhece que a possibilidade de interação existente através das lives são importantes para a continuidade do processo e do estímulo a uma reflexão dobre a utilização das mídias como instrumentos para a pesquisa.

pensando um pouco também dentro do processo da nossa linha de História da Educação, mas revendo esses novos espaços que nos são oferecidos agora enquanto debate, enquanto lugar de estudo e não apenas um lugar apenas físico e sim, com outras possibilidades de interação. Vem sendo de muita valia e nossas aulas também continuam semanalmente, oportunidade em que encontramos nossos amigos. Portanto, esses espaços ainda que não físicos, porém constituídos de muita presença vêm sendo importantes para que consigamos continuar o processo bem como repensar na sua utilização como instrumentos para nossa própria pesquisa.

Como as lives foram introduzidas no cotidiano das pesquisadoras

A ideia da utilização da live surgiu segundo a também pesquisadora e colega de Patrícia, professora  doutora Mariângela Lobo, a partir de uma discussão acerca do cenário da educação e das suas atividades desenvolvidas em sala de aula.

Foi então a doutora em Educação pela Unit Mariângela, juntamente com as doutorandas Patrícia Batista  e  Anne Emilie Cabral propuseram a utilização das lives como forma de passar para pais e professores informações e conhecimentos pertencentes a esse novo cenário.

“A tecnologia vem sendo ampliada para vários campos e apesar de muito presente na área educacional (apesar de não ser tão frequentemente utilizada nas escolas), nos motivou a promover lives que se propõem a orientar as pessoas nessa área”, confessa Mariângela.

Opinião docente

Cristiane Porto, professora do Programa de Pós Graduação em Educação da Unit, líder e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Educação, Tecnologia da Informação e Cibercultura (GETIC/CNPq) ressalta a importância de nos manter conectados,  principalmente para produzir conteúdo com relevância científica.

Dedicada ao estudo da Cibercultura a docente lembra que nem toda live faz a divulgação da ciência; às vezes está apenas informando sobre ciência.  A divulgação segundo Cristiane tem um cunho mais apurado uma vez que é necessário trabalhar melhor a pesquisa.

“Nosso grupo de pesquisa tem feito algumas ações, uma delas é abordar a questão da conversa em sala de aula em tempos de quarentena com a utilização de aulas online”, diz a professora Cristiane.

Ela acredita que para um estado como o nosso que é o menor da Federação, se todos os pesquisadores se debruçarem para entender um pouco da divulgação e falar de suas pesquisas a importância é significativa.

“É uma ação que pode trazer vários benefícios e nos alertar para a importância de divulgar a ciência” acrescenta a docente que afirma que divulgar ciência é fazer com que o indivíduo se aposse do discurso do cientista, dos seus resultados transformando-os num discurso mais leve que chegue à sociedade.

A professora Cristiane acredita que nesse momento esse tipo de  divulgação é de extrema importância para que as pessoas entendam o que está acontecendo. “A responsabilidade que cada pesquisador tem de trazer a público o que está fazendo é essencial para que a ciência se fortaleça no Brasil”, acrescenta.

O docente do curso de Jornalismo da Unit e também egresso do Mestrado em Educação, professor Caio Mesquita observa a utilização das lives como recursos de divulgação de pesquisas sob dois aspectos. O primeiro é que, enquanto pesquisador ele considera que as redes sociais têm sido muito importantes para o fortalecimento das suas informações e para estabelecer contatos com pesquisadores até então desconhecidos.

“As lives nos dão possibilidade de interpelar pessoalmente ainda que seja durante congressos, outras IES  ou até mesmo por meios das publicações dos autores que delas participam”, opina. É por meio das redes sociais  que Caio tem obtido informações e podido divulgar sua produção científica.

“Quando usamos uma live para falar para as pessoas (ainda que sejam só cinco, ou cinco mil nos acompanhando), vamos nos firmando enquanto pesquisador e mostrando a importância das reflexões que construímos em nossas pesquisas”, sugere o professor.

Caio Mesquita acrescenta que do ponto de vista da comunicação, o contexto de pandemia e da quarentena tem revelado uma grande mudança de paradigma e tem mostrado principalmente o quanto os instrumentos de dispositivos da comunicação podem ser utilizados muito mais do que o que a gente já utilizava.

“A rede social não serve somente para fazer interação entre as pessoas ou para o entretenimento. Elas também servem para criar pontes que levem as pessoas a adquirir entendimento daquilo que até então não tinham e de formar juízo sobre valores e sobre assuntos os quais não dominam”, acredita Caio.

Segundo ele, a linguagem se tornou mais acessível pois estreita a relação entre quem aborda o assunto e quem o acompanha estando na comodidade da sua casa.

“Do ponto de vista da divulgação da popularização de conhecimento de ciência, o uso das redes sociais por meio das tem sido muito atrativo. E certamente vai aí gerar muitos frutos não só de conhecimento, quanto de uso das redes.

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