O tema Socialização do preconceito: o papel da família na formação étnico-racial discutido na noite da terça-feira, 24, pela doutoranda Eleonora Vascareza num dos auditórios do Campus Farolândia representou um momento ímpar da programação da 12ª Semana de Extensão da Universidade Tiradentes.
Destinada ao público que acompanha a programação da Semex, especialmente aos alunos da área de humanas, a palestra proferida pela doutoranda em Psicologia Social da UFBa Eleonora Vaccarezza destacou temas como estereótipos, racismo e preconceito.
Segundo a Psicóloga e pesquisadora do grupo Cognição social e Representações da Universidade Federal da Bahia, o propósito da sua fala foi o de estimular os participantes a refletir sobre relações étnico-raciais.
“Vivemos em um país cuja herança escravagista ou escravocrata trouxe sérias consequências para o âmbito das relações étnico-raciais. E pouco discutimos sobre qual a herança que adquirimos com esse sistema que predomina no Brasil desde o seu descobrimento”, diz ela. Vaccarezza acrescenta que a sociedade, via de regra, não pensa e nem discute sobre o tema, contudo, as consequências do racismo que ficou como herança predomina nas relações e gera consequências para a construção do emocional das pessoas.
Apesar do preconceito ainda preponderar sob diversos aspectos, a conferencista reconhece avanços. O advento da inclusão de minorias nas universidades representa, segundo ela, um importante componente na consolidação desses avanços.