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Quando uma nova estrutura familiar se faz necessária

Com enfoque na Psicanálise, projeto desenvolvido de forma pioneira pelo curso de Psicologia da Unit contempla profissionais da área da saúde mental

às 22h21
O diferencial está no fato de o indivíduo molestado ser tratado junto aos demais membros da sua família para que não haja reincidência do abuso a que foi submetido.
Atividade acontece na clínica de Psicologia
Atividade acontece na clínica de Psicologia
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A Universidade Tiradentes, em parceria com o poder judiciário de Sergipe, desenvolve por intermédio do curso de Psicologia e desde o primeiro semestre de 2016 um projeto executado há 25 anos no Brasil apenas pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O objetivo é diagnosticar e combater, em conjunto o abuso sofrido por um ou mais membros desse núcleo familiar.

Denominado aqui em Sergipe como ‘Projeto de assistência às famílias disfuncionais’, atende a famílias cujos membros sofreram algum tipo abuso sexual.

Sua metodologia se diferencia do atendimento individual pelo fato de a equipe de profissionais da área da saúde mental dar atenção a todos os membros familiares a partir da constatação do abuso e do encaminhamento feito pela justiça. “O tratamento é destinado a todos os envolvidos e não apenas a criança ou o adolescente molestado. Se você atende somente quem sofreu o abuso, quando essa pessoa retorna ao seu núcleo familiar encontra a mesma estrutura”, diz a psicanalista e professora Sônia Pinto Alves Soussumi.

Responsável pela supervisão do projeto, a docente paulista explica que quatro terapeutas foram rigorosamente selecionados para o acompanhamento de uma família cujo pai cometeu o abuso sexual.

“Apesar do pouco tempo de execução, o projeto já apresenta resultados promissores, pois destaca a importância do atendimento à família junto com a supervisão do grupo de estudo”, comenta o egresso Lucas Gomes de Souza, um dos quatro profissionais da área de saúde mental selecionados para o cumprimento dos objetivos propostos.

“O vínculo que estabelecemos com a família é pós-denúncia. Por isso é tão importante essa parceria com o poder judiciário, justamente para que possamos desenvolver um trabalho que atenda a todos e não apenas ao indivíduo molestado”, complementa a professora Lígia Maria Lorenzeti, atualmente responsável pela coordenação do projeto.

Integram também a equipe multidisciplinar Nicolle Castro Barroso, Caio Henrique Araújo Ribeiro e Gellaine de Jesus.

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