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Sergipe cresce menos que a média nacional: Entenda os motivos por trás do aumento populacional mais lento

Professor da Unit analisa os fatores que influenciam o crescimento populacional em Sergipe e destaca a importância de políticas públicas para reverter o cenário

às 20h26
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O Brasil registrou um aumento populacional significativo de 4,68% neste ano em comparação com o ano passado, alcançando um total de 212,5 milhões de habitantes, conforme afirmam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Sergipe, contudo, o crescimento foi mais modesto, atingindo 3,69%, um valor abaixo da média nacional. Esses números levantam questões importantes sobre as dinâmicas econômicas e sociais do estado, que, embora pequeno, reflete um cenário complexo de migrações, desenvolvimento econômico e desafios estruturais.

De acordo com o especialista em Direito e professor do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPGD) da Universidade Tiradentes (Unit), Diogo Calasans, a diferença no crescimento populacional de Sergipe em relação ao resto do país pode ser atribuída a uma série de fatores interligados. “O primeiro fator que posso citar é o menor dinamismo econômico em comparação com outras regiões do Brasil. Além disso, há uma falta de grandes pólos de atração migratória no estado”, destaca Calasans.

Desafios socioeconômicos e migrações

Esse menor dinamismo econômico se reflete na baixa taxa de atração de novos residentes para o estado, resultado da falta de investimentos significativos em infraestrutura e serviços públicos. “Muitas pessoas saem de Sergipe em busca de melhores oportunidades e qualidade de vida em outros estados. Além disso, Sergipe, em comparação com alguns estados, têm um crescimento econômico lento, o que leva as pessoas a buscar emprego em outras regiões. Existe também o êxodo rural, onde pessoas que moram na zona rural deixam o estado em busca de melhores condições de vida”, afirma Calasans.

Outro aspecto relevante é o declínio da taxa de natalidade, um fenômeno que vem sendo observado em várias partes do Brasil, mas que em Sergipe tem um impacto particular devido à combinação com uma taxa de mortalidade relativamente alta. “Não podemos deixar de mencionar o binômio taxa de mortalidade e taxa de natalidade. A alta taxa de mortalidade combinada com a baixa taxa de natalidade contribui para a diminuição da população”, explica o especialista.

Políticas públicas e perspectivas futuras

A implementação de políticas públicas focadas no desenvolvimento econômico e social emerge como uma necessidade urgente para reverter essa tendência de crescimento populacional abaixo da média nacional. “As políticas públicas são fundamentais. O estado deve aumentar o número de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico e social. Todos esses fatores somados explicam por que Sergipe teve um crescimento populacional inferior à média nacional”, sugere Calasans.

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