“Essa é a segunda vez que venho aqui da Unit, mas dessa vez, mais comportado que há três anos. Acho que é a idade”, brinca Badauí. A banda comemora 20 anos de carreira lançando o novo trabalho ‘Suor e Sacrifício’. “Esse é um disco que reflete bem o que a gente está ouvindo agora, uma pegada mais street punk e bastante punk rock, tem um clima do que é o CPM no começo, mas com as letras bem atuais, com o que a gente vive agora, dando críticas diretas e indiretas da atual fase na política brasileira e sociedade como um todo. Sem contar que tem bastante sentimento, carregado de verdades. Para quem gosta do CPM, este disco é um prato cheio”, revela Badauí.
O aluno Tomaz Lima é fã da banda há muito tempo e acompanhar a iniciativa da Unit foi uma experiência única. “Nunca tinha visto eles assim de perto e nem tive a oportunidade de conversar com eles de igual para igual. Esse tipo de evento que a Unit faz é muito bom para a gente dar uma relaxada e ampliar os horizontes também”, acredita.
Para Phill, a música é uma ferramenta que possibilita trocas de experiências de uma forma única. “Como não temos como tocar sempre em todos os lugares, procuramos levar nossas referências musicais que refletem como aprendizado, que tudo é experiência. E aproveitamos nossas influências por fazerem parte das nossas vidas para trazê-las o mais próximo possível das pessoas que nos cercam e acompanham porque também sabemos que estamos presentes na vida delas”, conta Phill.
Nova geração de fãs
Estar em uma universidade, conversando com alunos que são fãs da banda e já representam a nova geração de seguidores das batidas rápidas e de acordes frenéticos, é uma oportunidade incrível principalmente para Badauí que teve um caminho destoante ao do ensino superior. “Tive que largar a faculdade para tocar, pois era a minha escolha de vida. Então como eu não tive oportunidade de estudar por conta da banda, é legal vir aqui hoje na Unit como artista, que é a minha profissão, e ser valorizado pelos alunos, que por sua vez são pessoas batalhadoras que se abastecem de cultura, tentando melhorar a vida da família”, afirma.
Phill sentiu o calor do público de uma forma diferente e mais próxima. “Tenho um carinho muito grande pela cidade e esse momento olho no olho, trocando ideia, de ser igual, sai um pouco da distância do palco, é legal para a gente, que nos abastece e para eles que mata um pouco a rotina da Universidade”, acredita.
Pocket-show
Ao final do bate-papo, a dupla fez um som ao vivo, com as principais músicas do grupo, que fez todo mundo cantar e se emocionar. “Foi muito lindo ter cantado com eles assim de perto e ainda depois de ter conversado com eles. Parece que os caras são nossos amigos e que é possível fazer o que se ama sim!”, conta a aluna Ana Santos.