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Tempestade de Areia é mais comum em ambientes de praia

Fenômeno natural é comum em ambientes de praias, como Aracaju, e desertos com predominância de sedimentos. É preciso ficar alerta, mas especialista destaca que não precisa de pânico.

às 00h44
Prof Anderson da Conceição Santos Sobral é doutor em  Geociências
Prof Anderson da Conceição Santos Sobral é doutor em Geociências
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Por Raquel Passos e Cecília Oliveira

A tempestade de areia ou nuvem de poeira Godzilla vinda do Saara vem sendo notícia nos últimos dias em todo o mundo. Por isso, o professor de Geologia e Paleontologia de cursos da Universidade Tiradentes, Anderson Sobral, explica que se trata de um transporte de partículas sedimentares, que depende muito do tamanho do sedimento e da força da corrente – nesse caso de vento, por se tratar de um ambiente continental.

Ou seja, essa tempestade ocorre em lugares com ambientes de praia e desertos. “As dunas são formadas por movimentação de sedimento. Então, não é nada desconhecido de alguém que resida num litoral”, esclarece o professor de Geologia.

Os sedimentos são divididos em pedregulhos, areias, siltes e argilas, e essa denominação se dá com base no tamanho, ou seja, quanto maior o seu sedimento, mais força a corrente precisa para que possa ser movimentado. Segundo Anderson a ‘tempestade de areia’ tão falada na mídia nos últimos dias provavelmente é composta por siltes e argilas, que são pequenas o suficiente para serem transportadas pelo vento a tão longas distâncias da África até os Estados Unidos. Para ele o termo correto para a denominação deste fenômeno em voga seria para “tempestade de sedimentos”.

Com a formação de uma nuvem de sedimentos suspensos no ar, fica difícil de enxergar além de impedir a passagem dos raios solares, o que pode provocar redução da temperatura. Além disso, a depender do volume disperso, traz ainda consequências respiratórias à população e com a pandemia do novo coronavírus em que um de seus sintomas é a falta de ar e dificuldades para respirar, é preciso cautela.

Ainda assim, o professor Anderson Sobral destaca que não precisa ter pânico, pois é um fenômeno natural da Terra e irá acontecer independentemente da vontade humana. “Ao se deparar com um fenômeno como a tempestade de sedimento, cada um pode se proteger usando máscara, a depender de sua intensidade”, conta.

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