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Unit é contemplada com mais cinco bolsas de ‘doutorado-sanduíche’ 

Programas de stricto sensu participaram de um edital de seleção da Capes e vão enviar doutorandos para um período de pesquisas no exterior

às 15h11
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Os programas de pós-graduação da Universidade Tiradentes (Unit) firmam a sua tradição de promover e incentivar a pesquisa científica, a produção de conhecimento e o intercâmbio com pesquisadores e universidades de todo o mundo. A instituição sergipana foi contemplada com cinco bolsas no último edital do Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE), promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), cujo resultado foi publicado agora em fevereiro. 

Ao longo deste ano, cada um dos cinco programas em funcionamento na Unit terá uma doutoranda enviada ao exterior durante um período entre seis e 10 meses para executar parte da pesquisa e do desenvolvimento da sua tese em renomadas instituições de pesquisa. As escolhidas foram:

  • Camilla Andrade Silva Valença, do PBI (Biotecnologia Industrial) – Institut National de la Recherche Agronomique, em Rennes (França); 
  • Daniela de Andrade Souza, do PPGD (Direitos Humanos) – Universidad de Deusto, em Bilbao (Espanha); 
  • Manoela Barbosa Pinto, do PPED (Educação) – University of Massachusetts, em Boston (Estados Unidos); 
  • Talita Santos Alves Chagas, do PEP (Engenharia de Processos) – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (Portugal); 
  • Thigna de Carvalho Batista, do PSA – Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (Portugal). 

O processo de seleção do PSDE aconteceu ainda no ano passado, através de seleções internas lançadas por cada programa e de inscrições das pesquisas vencedoras no sistema eletrônico da Capes, que por sua vez avaliou e selecionou os projetos com as ratificações das respectivas instituições de ensino. O número de bolsas foi distribuído de acordo com o total de programas de pós-graduação de cada universidade e o percentual de vagas ofertadas por cada uma, a partir dos critérios determinados pela Capes. 

De acordo com o professor Ronaldo Linhares, pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unit, a instituição presta apoio tanto nos procedimentos burocráticos, liberando documentações e comprovações necessárias, quanto indicando os professores e pesquisadores que irão co-orientar a pesquisa do aluno nos países escolhidos. “É natural que esses alunos sigam para esses países a partir de uma orientação dos nossos professores com seus colegas pesquisadores nesses países. Os professores orientam, sugerem, indicam os orientadores fora do país nas universidades parceiras. Aqui, geralmente também fazem pesquisas aproximadas no mesmo campo de saber onde esses professores trabalham”, explica. 

O coordenador de Pós-Graduação Stricto Sensu, professor Marcos Wandir Nery Lobão, destaca que a aprovação dos projetos contemplados no PSDE são fruto de uma construção coletiva e colaborativa, que integrou cinco programas de áreas de conhecimento distintas. “Conseguimos aglutinar cinco projetos diferentes no mesmo formato. Nós tivemos que fazer uma costura, um texto que fizesse o alinhamento, mesmo tratando de alunos e projetos diferentes em países diferentes, mas que tinha como ponto de intercessão a formação do doutorado fora do país em instituições de alto nível. Essa costura foi vencedora, e a partir do momento em que o projeto foi bem avaliado, as cinco bolsas foram disponibilizadas para cada programa”, detalha Wandir, sobre a apresentação das pesquisas à Capes.

Impactos

Criado em 2011, o PSDE tem o objetivo de apoiar a formação de recursos humanos de alto nível, contemplando pesquisas em áreas do conhecimento menos consolidadas no Brasil. A realização de doutorados-sanduíche traz uma série de impactos positivos, principalmente para os doutorandos, que saem ganhando tanto em conhecimento acadêmico quanto em experiências e habilidades pessoais. 

“Ele sai do seu país, da sua região, e vai vivenciar uma experiência nova, seis meses falando em outra língua e com outra cultura. Isso é fundamental para o desenvolvimento daquilo que a gente chama de soft skills ou das competências emocionais. Um segundo movimento é o conhecimento de novas teorias, novas práticas de pesquisa, de novos estudos e dados importantes que vão contribuir fortemente para as teses desses alunos”, elenca Ronaldo, acrescentando que as referências bibliográficas de cada curso ou área correlata também acaba sendo atualizada constantemente. 

Ainda de acordo com o pró-reitor, essa modalidade de estudo também compartilha o conhecimento produzido na Unit e em seus programas com as outras instituições, tornando-o mais conhecido e mais respeitado internacionalmente. “A gente não só atualiza o nosso conteúdo, mas também consegue levar para o exterior a nossa produção científica. Dinamiza esse processo e transforma-o numa produção colaborativa. Ou seja, a gente tem mais gente trabalhando unida no mesmo campo de pesquisa”, completa. 

Já o professor Marcos Wandir ressalta que a Unit já criou uma tradição de emplacar trabalhos de seus programas de pós-graduação em programas de doutorado, incluindo o PSDE da Capes. “A gente já tem, ao longo dos anos, encaminhando alunos para o exterior, com bolsas disputadas pelo país todo. E a gente já mostra uma tradição de relevância. O aluno que vem estudar nos nossos programas têm essa oportunidade real de fazer parte do seu doutoramento no exterior, complementando a sua formação e executando seus projetos em outros países”, conclui o coordenador. 

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