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Unit fomenta a especialização em ensino para autistas com palestra alusiva ao tema

O encontro foi voltado a psicólogos, cuidadores e profissionais ligados à saúde e educação

às 14h30
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A estudante do curso de pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Inclusiva da Unit, Josefa Vilma Nascimento, conhece bem o cotidiano de uma sala de aula com estudantes autistas
Jacqueline Montalvão - docente do curso de pós-graduação em Análise do Comportamento Aplicada (Aba) aos Transtornos do Neurodesenvolvimento da Unit, psicopedagoga, mestranda internacional em Ciências da Educação pela Ivy Enber Christian University e especialista em Atendimento Educacional Especializado e Educação Inclusiva
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Ambiente estruturado, integração sensorial, ensino de habilidades sociais, além de uma comunicação alternativa e aumentativa. Para aqueles que estão envolvidos no ensino-aprendizagem de estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), são muitos os desafios e particularidades que podem fazer parte deste processo. Foi nesta perspectiva que na noite desta quarta-feira, 22, a Universidade Tiradentes (Unit) promoveu uma palestra pertinente ao tema e com direcionamento a psicólogos, cuidadores, bem como profissionais da saúde e da educação que, juntos, descobriram métodos importantes e que viabilizam um atendimento mais assertivo a este público. 

“Trata-se de um tema relevante já que, atualmente, as intervenções baseadas em Análise do Comportamento Aplicada, voltadas para o público com autismo, é uma tarefa compreendida como um campo de estudo, uma disciplina e uma prática. Em relação a esta última, posso afirmar que a temática é uma prestação de serviço para incluir os alunos autistas com base na ciência e, assim,  demonstrar eficácia no tratamento desses estudantes”, destaca a docente do curso de pós-graduação em Análise do Comportamento Aplicada (Aba) aos Transtornos do Neurodesenvolvimento da Unit, psicopedagoga, mestranda internacional em Ciências da Educação pela Ivy Enber Christian University e especialista em Atendimento Educacional Especializado e Educação Inclusiva, Jacqueline Montalvão. 

Dentre as estratégias que podem ser encontradas no campo científico, conforme pontua a docente, estão os denominados Inventário Portage Operacionalizado, um guia de descrição e levantamento de comportamentos que abrange cinco diferentes habilidades em crianças de 0 a 6 anos, e o Programa de Avaliação e Colocação de Marcos de Comportamento Verbal (VB-MAPP, na sigla em inglês), protocolo usado para medir pontos fortes e fracos em várias etapas do desenvolvimento, especialmente os ligados à linguagem e à uma possível dificuldade em adquirir determinadas competências.

A docente explica que, tanto em escolas como nas clínicas, este dois métodos podem ser utilizados como ferramentas para elaboração do Plano Educacional Individualizado (PEI), o que beneficia diretamente alunos com atraso no desenvolvimento infantil. Durante a palestra, a professora esclareceu a importância de conduzir as estratégias a partir de uma avaliação inicial capaz de coletar informações confiáveis dos repertórios das crianças avaliadas, tal como a prática de interpretação de dados e formulação de um plano interventivo que atenda às necessidades dos alunos. 

“Para aplicar estratégias baseadas na Análise do Comportamento não é necessário ser psicólogo, mas é importante que o profissional tenha noção sobre o comportamento humano e que seja supervisionado por um analista da área.  Para isso, um papel importante do profissional que pretende avançar em seus conhecimentos é aprender sobre o comportamento humano em si e desvendar metodologias de ensino baseadas na ciência. É este o ponto principal do curso de pós-graduação oferecido pela Unit”, pontua a docente. 

Olhos atentos às demandas em expansão

Durante a palestra, quem aproveitou para ouvir atentamente os ensinamentos compartilhados pela professora foi a estudante do curso de pós-graduação em Psicopedagogia e Educação Inclusiva da Unit, Josefa Vilma Nascimento, que conhece bem o cotidiano de uma sala de aula com estudantes autistas. 

“A gente está no mundo onde é recorrente nos depararmos com crianças diagnosticadas com autismo e o que me fez estar aqui hoje é poder, de alguma maneira, ajudar no desenvolvimento desses alunos. Já tive estudantes autistas, inclusive um que tinha muita dificuldade motora, o que me fez introduzir um lápis de carpinteiro para auxiliá-lo, além de que ele não podia ouvir um som, mesmo da TV, e ainda lidava com problemas de mobilidade. Então, conhecimentos assim aumentam as chances de podermos, enquanto profissionais, auxiliar alunos como este que tive e tantos outros que há”, compartilha.

Para quem ainda tem dúvidas sobre a expansão e relevância desta área, dados do Censo de Educação Básica, divulgados pelo portal G1, trazem um panorama significativo e que merece atenção. De acordo com o estudo, entre os anos de 2022 e 2023, o Brasil registrou um aumento de 50% no número de crianças e adolescentes autistas matriculados em escolas não especializadas. Na prática, a presença deste público em salas de aula consideradas comuns passou de 405.056 para 607.144. 
“Como sempre comento com os acadêmicos, a pós-graduação é uma janela que se abre para novas experiências de vida e significa entender que somos profissionais com necessidades para continuar aprendendo. Não menciono em colecionar títulos, mas sim fazer as escolhas certas e trabalharmos com estratégias assertivas”, complementa Jacqueline.

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