Para potencializar os debates sobre as produções científicas na região Nordeste com universitários, pesquisadores, docentes e representantes de diversas áreas da educação, acontece até amanhã, sexta-feira 30 de maio, na Universidade Tiradentes, o primeiro Encontro de Produção Científica do Nordeste. Nesta edição, as comunidades acadêmica e científica discutem sobre ‘A produção científica brasileira na contemporaneidade: exigências e interlocuções’. O evento acontece no Campus Aracaju Farolândia com realização de palestras, mesas-redondas e feira de livros.
“O Encontro é o coroamento de todas as ações que o Grupo Tiradentes vem fazendo nos últimos dois anos, como por exemplo, o portal de periódicos, o repositório e a editora. Promoveremos a discussão sobre como tem sido a produção e difusão científica no Brasil e o que podemos fazer para que esses pesquisadores tenham mais visibilidade. E ainda temos a questão da indexação dos periódicos, como se faz para ter um fator de impacto bom, para estar em uma base de dados e a produtividade”, explica a diretora da Editora Universitária Tiradentes – Edunit – professora Dr.ª Cristiane de Magalhães Porto.
Segundo a professora Cristiane Porto, a produção científica do Grupo está em constante progresso e já contabiliza, com perspectiva de crescimento dos próximos meses, um total de 13 periódicos, quatro interfaces e cadernos de graduação da Universidade Tiradentes, da Faculdade Integrada Tiradentes e da Faculdade Integrada de Pernambuco..
Na abertura do Encontro, o pesquisador e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia – UFBA –, Dr. Marcos Palacios, destaca as mudanças e disseminação da produção científica no País através da palestra ‘A informação líquida e o pesquisador contemporâneo: as mudanças no seu modo de elaborar e disseminar sua produção’.
“Tenho acompanhado de perto a evolução da produção, pesquisa e da pós-graduação no Brasil. Nas últimas três décadas, percebemos que houve um salto considerável de qualidade no que se refere a organização e pesquisa. Tivemos um fortalecimento das agências financiadoras no País, Capes e CNPq, a emergência de uma série de agências de fomento regionais e estaduais. Temos observado o progresso contínuo ao longo desse período e mais de 90% das pesquisas feitas no Brasil são realizadas em universidades e instituições de âmbitos federal e público. Hoje entramos em um estágio de internacionalização da pesquisa e pós-graduação. É necessário consolidar este processo e tornar a produção científica no Brasil cada vez mais interuniversitária, interinstucional”, observa Palacios com mais de 30 anos de vivência no cenário acadêmico brasileiro.
O evento também contou com a participação de dezenas de estudantes dos mestrados e doutorados da instituição. Almir Tavares da Silva, por exemplo, acredita que o Encontro Científico abre novas possibilidades de conhecimento para o aluno. “Temos que fazer pesquisas, descobrir novos caminhos e divulgar esses conhecimentos. Neste processo também entramos em contato com novos trabalhos, autores e teorias que antes não conhecíamos”, acredita.
Confira a programação do Encontro de Produção e Difusão Científica do Nordeste.
Fotos: Marcelo Freitas