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Vídeo ajuda a desmistificar as fake news

O material foi produzido pelo Observatório das Migrações de Sergipe em parceria com o Núcleo de Educação Básica.

às 23h01
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Quem nunca recebeu, nesse período de pandemia, uma notícia ou mensagem no WhatsApp, direct ou outras redes, e se perguntou: isso é verdade ou é fake? Repasso ou excluo essa mensagem? Com o objetivo de desmistificar as fake news, o Observatório das Migrações em Sergipe reuniu as principais mensagens/notícias falsas que surgiram nesse período e, de forma criativa e didática, explica como decifrar uma fake e ainda tira dúvidas sobre o assunto.

O trabalho foi orientado pela professora doutora Cláudia Moura de Melo. Com experiência de mais de 20 anos em formação de alunos de graduação, na área de Saúde e de licenciaturas, percebeu que a forma e qualidade da difusão e popularização das informações científicas e em saúde é, atualmente, um gargalo para que os profissionais que atuam em Educação em Saúde possam atuar a contento.

“Venho me desafiando a elaborar trilhas de aprendizagem para que estes futuros profissionais aprendam a buscar, identificar, assessorar e desconstruir informações incorretas (ou inverdades) e fake news, seja em formatos como o NEB, o Observatório das Migração em Sergipe ou o “Caçadores de Fake News”, este último durante minhas aulas de parasitologia no curso de Enfermagem da Unit”, fala.

As fake news são um fenômeno antigo, mas estão em evidência atualmente devido à velocidade de distribuição e ao alcance que as mídias digitais podem propiciar às informações, notadamente as falsas. Nesse contexto, a área de saúde transformou-se num alvo recorrente de muitas notícias sem embasamento científico, capazes de provocar sérios prejuízos e desserviço para a sociedade. “Os exemplos são inúmeros e relacionados a variadas questões: Coronavírus, vacinas, dietas mirabolantes, automedicação, remédios caseiros, curas imediatas e milagrosas para câncer. As implicações são sérias, causam prejuízos humanos e/ou financeiros e acarretam outras problemáticas. Desta forma, os profissionais em formação devem ser preparados e formados para atuar neste cenário”, afirma Cláudia Melo.

A produção

O vídeo “Desmistificando as Fakes News (Covid-19)” foi dirigido pela doutoranda do Programa em Saúde e Ambiente da Unit, Herifrania Aragão e produzido por três alunos de iniciação científica da Universidade Tiradentes: Alef Nascimento Menezes, acadêmico de Biomedicina, Millena Luize de Lima Oliveira e Jessy Tawanne Santana, acadêmicas de Enfermagem.

A seleção da temática ocorreu diante da observação da disseminação das pseudoinformações no atual cenário de pandemia. “Observou-se uma série de dúvidas e questionamentos compartilhados nas mídias sociais, citando como exemplo publicações que afirmavam que a ‘utilização de chás e a suplementação de vitaminas eram efetivas no tratamento e profilaxia da Covid-19’, ‘Ineficácia das quarentenas na propagação do vírus’; ‘Liberação da Cloroquina em toda a Europa’. A disseminação de fake news está totalmente relacionada ao aumento da vulnerabilidade, especialmente no âmbito da saúde, despertando em nós, alunos de iniciação científica, um senso de responsabilidade social”, relata Jessy Tawanne, responsável pela apresentação do conteúdo áudio-visual.

A equipe trabalhou com levantamento das principais notícias falsas, busca de evidências científicas, principalmente em relação aos supostos medicamentos, e procurou entender alguns estudos tirados do contexto. “Tivemos grandes desafios em cada etapa. O maior esteve relacionado ao cuidado na seleção das fake news e na organização do material científico e lúdico que seriam  inseridos no vídeo, na tentativa  de passar essas informações de uma maneira que ficasse fácil de compreensão e interativo. Vencer esse desafio, como aluna de iniciação científica, foi de grande importância, porque pude perceber a importância de nós, futuros pesquisadores, a pensar na ciência além das paredes da universidade, ao criar produtos lúdicos e de interatividade para a população e alunos do ensino básico com informações verídicas, e mostrar o nosso engajamento no conhecimento e na busca de resoluções dos problemas sociais do nosso estado e país”, conta Millena Oliveira que ficou com a responsabilidade da edição, junto com a  co-orientadora e doutoranda do PSA Herifrania Aragão.

“Almejamos a difusão do material e a sua utilização, enquanto ferramenta multiplicadora de informações científicas, nos ambientes de educação e aprendizagem, em especial. Nosso objetivo consiste em estimular tanto a comunidade acadêmica como a população, sobretudo os jovens e crianças, a construir um senso crítico frente à veracidade das notícias divulgadas e unirmos esforços no combate as pseudoinformações, principalmente das redes sociais, permitindo assim consultas de fontes e busca mais precisa das informações contidas nas mensagens recebidas antes de repassar”, revela Alef Nascimento Menezes que atuou na edição e produção do vídeo.

Assista ao vídeo ‘Desmistificando as Fakes News (Covid-19)’:

Núcleo de Educação Básica (NEB)

Questões de saúde, inclusive aquelas relacionadas a Fake News, afetam estudantes da Educação Básica, desencadeando desde problemas/agravos à saúde até baixo nível de rendimento cognitivo e de aprendizagem. A educação ambiental, Educação em saúde e Educação em saúde ambiental – adequada inclusive com relação a Covid-19 – tem se revelado uma estratégia com baixo custo e capaz de atingir resultados significativos e duradouros, uma vez que ela corresponde a um processo educativo constante, dinâmico e criativo.

Neste sentido, o Núcleo de Educação Básica (NEB) do Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente da Unit (PSA/Unit) – que teve fomento financeiro da CAPES/FAPITEC – nasceu em 2015 no âmbito do Programa de Integração da Ciência, Tecnologia e Inovação com a Educação Básica / Núcleos de CTI-EB do Ministério da Educação, sob a coordenação da Profa. Dra. Cláudia Moura de Melo.

“As experiências desenvolvidas pelo NEB já foram apresentadas, discutidas e difundidas em Feiras de Saúde – inclusive na Fiocruz, na Universidade Federal do Pará, no CIENART – e em vários eventos científicos”, explica a coordenadora.

 A equipe do NEB é composta por pesquisadores do PSA/Unit (docentes, mestrandos, doutorandos), alunos de Graduação da Unit (Biomedicina, Ciências Biológicas, Enfermagem), professores supervisores da Educação Básica (Ensino fundamental e Ensino médio) e alunos da Educação Básica, atuando em conjunto com foco na amplitude espaço-temporal e ambiência dos atores da Educação Básica.

“Os atores da Educação Básica são considerados alunos, professores, funcionários, com efeito multiplicador para as suas famílias e comunidade no entorno das escolas. As atividades propostas relacionam-se a fomentar a Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação a nível de Graduação e Educação Básica; o desenvolvimento de estratégias educativas e de popularização/difusão do conhecimento científico e de Informações em Saúde. Neste último ponto, insere-se a questão do combate as Fake News na área de saúde”, revela.

O NEB já envolveu desde 2015 até atualmente, além dos pesquisadores do PSA-Unit, 1 Pós-doc, um doutorando (Msc. Herifrania Tourinho Aragão), três mestrandos, dez alunos de Iniciação Tecnológica Jr. (IT Jr), nove alunos de Iniciação Científica (IC) de cursos de Graduação da Unit, quatro professores supervisores de escolas de Sergipe.

“Gostaria de ressaltar o efeito multiplicador do NEB, ao relatar a experiência de nossa IT Jr. Caline dos Santos Cavalcante que acabou se formar no curso de Letras (Português e Espanhol) na Universidade Federal de Sergipe (UFS), tendo na sua pesquisa de TCC a temática “Letramentos literários: uma investigação no ensino médio do Estado de Sergipe”, cujo objeto de estudo reflete o olhar sobre estratégias de comunicação e a preocupação com a educação escolar sergipana”, finaliza a Prof. Dra. Cláudia Moura de Melo.

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