Mês dedicado às mulheres, março se aproxima do fim. No entanto, o debate sobre conquistas femininas, políticas públicas inclusivas e combate à violência contra a mulher não. A temática foi objeto de estudo da bacharela em Direito e mestra em Direitos Humanos pela Universidade Tiradentes, Joyce Vasconcelos Santos.
Egressa da Unit, Joyce defendeu dissertação com o tema “Igualdade de gênero como Direito Humano: Políticas Públicas de Prevenção às violências sexuais contra mulheres no Brasil” e publicou livro abordando o machismo.
“O livro que escrevi, ‘Autorretrato: Como o machismo’, foi um livro de poesias, não tem um viés científico, de modo que ele se baseia em minhas experiências e reflexões pessoais a respeito de situações que me motivaram traduzir em palavras o que representa a condição de estar no mundo como uma mulher”, conta.
Na Academia, ela voltou sua pesquisa para o tema durante o mestrado em Direitos Humanos e relata que encontrou dificuldade em encontrar referências sobre prevenção, já que o foco comum é a atuação pós-violência.
“Outro entrave é o fato de o Brasil não encarar as políticas públicas como políticas de Estado, e sim de governo, o que afeta a continuidade dessas políticas, e faz com que a Lei Maria da Penha, por exemplo, que é do ano de 2006, ainda esteja na fase de implementação, e não em fases mais avançadas do ciclo de políticas públicas”.