Com uma programação recheada por significativas conferências, mesas redondas e minicursos foi aberta oficialmente na noite desta segunda-feira, 23, no auditório A do bloco G, no Campus Aracaju da Farolândia o 2º SIRSA.
Idealizado pelo programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, o simpósio discute entre outros relevantes temas, a questão da crise hídrica que tanto permeia e influencia no cotidiano dos indivíduos.
Segundo a coordenadora do programa, doutora Cláudia o momento representa para a academia um momento ímpar de discussões interdisciplinares. “O SIRSA é uma proposta que nasceu como uma demanda da Capes para programas interdisciplinares que desenvolvam pesquisas na área de Saúde e Ambiente. O evento tem o objetivo de congregar pesquisadores que desenvolvem estudos nessa área para discutir e refletir sobre diversas questões, entre elas, ambientais, de enfermidades e agravos de impacto regional e estudos de biodiversidade e saúde”, justifica a doutora.
O coordenador do Simpósio, doutor Rubens Riscala lembra que o evento integra o programa de pós-graduação e por ser interdisciplinar envolve várias áreas do conhecimento. “A programação foi toda voltada para contemplar as três linhas de pesquisa do programa: ambiente, saúde e sociedade; enfermidades e agravos de impacto regional e biodiversidade e saúde”, explica o docente lembrando que ao longo da semana todas as linhas serão discutidas através de palestras, minicursos e mesas redondas.
Ao ser questionado sobre a importância do evento, o conferencista de abertura, doutor Gilberto Cezar Pavanelli (UEM/UNICESUMAR) que trouxe como tema O desafio da interdisciplinaridade na formação de recursos humanos salientou que o tema é extremamente árido, mas, que precisa ser abordado. “A transdisciplinaridade é uma maneira nova que a Capes está incentivando os programas a adaptarem para que possamos fazer algo muito mais integrado do que era antes. Isso precisa ser muito discutido através de uma participação efetiva e o interesse de todos nesse tema”, argumenta o palestrante.
Em outras palavras, significa que não há quem possa, de forma isolada, resolver qualquer problema e o doutor Gilberto exemplifica com o acidente ocorrido recentemente em Minas afetando diretamente o Rio Doce. “Antigamente você imaginava que um único profissional pudesse resolver, mas, não é assim. Temos de unir todas as inteligências, entrelaça-las, para que possamos obter resultados satisfatórios. O trabalho deve ser feito em harmonia entre todos os envolvidos, o que nem sempre é possível devido vaidades pessoais com cada um achando que a sua área é mais importante que a outra, além dos métodos específicos de trabalho. Com a interdisciplinaridade isso desaparece pois temos de ter um objeto único de estudo e o foco é esse objeto único e não as pessoas”, esclarece o doutor Gilberto.
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