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Engenharia Civil: alunos criam grupo de pesquisa

Acadêmicos do curso realizam estudos sobre a nanotecnologia do concreto e materiais da construção civil.

às 14h49
“A prática é que vai modificar e transformar um grande profissional. Chegar ao mercado de trabalho e ser graduado é apenas ser mais um. Gostaríamos de ter um diferencial, um algo mais a apresentar e, consequentemente, uma realização profissional”, declara Iury Santana, acadêmico do curso de Engenharia Civil. O aluno participa do primeiro grupo de pesquisa da área implantado no início do mês de agosto.
Alunos observam explicações do professor Thaigo Remacre
Alunos observam explicações do professor Thaigo Remacre
Grupo de pesquisa e o professor orientador, Thaigo Remacre
Reunião do grupo
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O estudo acontece em torno da nanotecnologia do concreto e materiais da construção civil. Em outras palavras, focará a interação atômica dentro das peças de concreto. “A Engenharia Civil aborda mais as tensões superficiais como compressão, trincas, tração e fissuras. Este grupo vai estudar a nanoestrutura. Como originou a fissura de dentro para fora. Compreender o mecanismo da estrutura atômica do concreto e o resultado na parte superficial. Muitas patologias acontecem primeiramente na escala atômica”, afirma o pesquisador e professor Thiago Remacre.

Com a troca de conhecimentos, os acadêmicos estudarão sobre as propriedades físico-químicas dos concretos, materiais metálicos e não metálicos da construção civil, analisarão a nanodinâmica de esforços internos em estrutura de concreto e desenvolverão sistemas estruturais de novos materiais, híbridos e mistos.

“O primeiro passo é englobar algumas leis de interação. O concreto é um material heterogêneo e, com isso, tem um tempo de moldagem. Qualquer variável neste processo de fabricação e moldagem, afeta sua qualidade. Neste caso, os estudantes irão interagir e comparar com os estudos realizados”, explica Remacre.

O grupo surgiu por iniciativa dos próprios estudantes e abraçada pela coordenação do curso e corpo docente. “O nosso intuito é que o grupo desenvolva conhecimento científico e técnico e que futuramente vire uma patente de um produto ou uma técnica. Claro que temos um caminho longo a percorrer. A ideia é que eles produzam e levem o nome da universidade para fora, ampliando seus conhecimentos”, evidencia Thiago que leciona disciplinas como Materiais de Construção, Ciências e tecnologias dos materiais, Concreto II, resistência dos materiais, entre outras.

César Douglas Santos também participa do grupo de pesquisa. Para ele, além do crescimento acadêmico, este é o primeiro passo para a carreira que gostaria de seguir. “Desde o primeiro período já tinha esta visão, queria participar de algum grupo de pesquisa. Esta iniciativa está abrindo portas não só para nós, mas para outros que virão. A iniciação científica nos ajuda a amadurecer até mesmo para o mercado. Pretendo fazer mestrado e doutorado”, comenta o estudante que fará uma pesquisa com concreto e borra de café.

“O meu desejo é que todos sigam a carreira acadêmica como pesquisador, é muito importante. Falta muito engenheiro civil no laboratório e uma formação voltada para esta área será um diferencial enquanto profissional. Sobrevive no mercado quem possui uma melhor qualificação”, finaliza o professor.

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