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Alunos com deficiência visual recebem oficina de orientação e mobilidade

Iniciativa é parceria entre a Unit e a Ong Iluminar em prol da independência de pessoas com deficiência visual especialmente em espaços públicos

às 14h57
Na tarde desta quarta-feira, 13, o Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicosocial – NAPPS – da Universidade Tiradentes – Unit – recebeu a Ong Iluminar para a realização da Oficina de Orientação e Mobilidade, parceira do Projeto Aracaju Acessível, idealizado pelo vereador de Aracaju e egresso Lucas Aribé.
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Para a coordenadora do NAPPS da Unit, Kátia Souza, a inclusão é um dever de todos. “A ideia dessa oficina é fazer com que se perceba que a inclusão não está vinculada apenas a um setor, mas faz parte da sociedade e é um dever dos cidadãos promove-la em todos os espaços”, acredita.

De acordo com a professora Joana Darc Meireles, coordenadora da Coordenadoria de Apoio Educacional à Pessoa com Deficiência – COEPD – da Prefeitura de Aracaju que trabalha basicamente com deficiência visual, cegueira e baixa visão, usando Soroban, Braille, informática, educação física adaptada, música, estimulação precoce para crianças.

O tema da oficina abrange a importância do uso da bengala para aumentar o sentimento de pertencimento dessas pessoas. “Aprofundamos bastante nesse assunto porque ainda há uma barreira, por parte de muita gente, talvez por conta de estética e é preciso desmistificar isso. Quem é cego precisa entender onde está, reconhecendo o espaço para que transite com segurança e de maneira independente. Vim hoje na Unit aplicar essa oficina a convite do projeto Aracaju Acessível de Lucas Aribé”, explica.

Dois irmãos participaram do momento. A aluna do 2º período de Psicologia Natália Martins que até então não se sentia segura em usar bengala e andar sozinha. “Com essa oficina eu fico feliz porque ser independente vai ser muito bom para mim. Mas eu preciso perder o medo e eu quero melhorar isso com essa oficina”, revela. Seu irmão Wilson estuda no curso Sistema de Informação e aprova a iniciativa. “Pretendo aprender tudo sobre mobilidade”, conta.

A mãe Ivana Maria Martins é a principal incentivadora pela independência dos jovens. “É importante para eles ganharem autonomia especialmente na rua, já que em casa eles já têm, andam de bicicleta, fazem tudo e têm uma vida normal. A dificuldade é só mesmo em um ambiente novo”, aponta.

Como o direito de ir e vir não acontece para o cego se não houver reconhecimento do território por parte dele, de onde ele transita. “Então vou descrevendo como é esse espaço em que estamos. Aqui na biblioteca da Unit mesmo, que tem esse salão amplo, mostro as linhas guias (que são os extremos da sala), coloco para usar o corrimão da Universidade, explico a importância de usar as paredes para entenderem onde estão. Trabalhamos também a audição que é o ‘sentido-rei’ para o cego, pois conseguem identificar alguém que chega só pelos passos. No meu caso, por exemplo, meus alunos me identificam de longe só pelo meu modo de pisar e o perfume que uso. Essas identificações os fazem circular com independência”, afirma a facilitadora Joana Meireles.

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