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Cordel como fonte inesgotável de saber

Quem acessa o hall da Biblioteca se depara com uma diversidade de narrativas registradas em pequenos folhetos que personificam a sabedoria do poeta popular

às 20h15
Organizada pela equipe de profissionais da Biblioteca Central da Unit, em parceria com o Instituto Tobias Barreto, exposição de Cordel encanta o público enquanto preserva a memória.
A diretora Evely e a presidente da Academia Sergipana de Cordel
A diretora Evely e a presidente da Academia Sergipana de Cordel
Poetas , professores e estudantes assistem ao coral Vivace
Cordelistas expões suas obras
O cordel em varal
Apresentação do Coral Vivace durante o vernissage da exposição
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Durante todo o mês de outubro, quem circular pelas dependências da Biblioteca Central da Unit terá a oportunidade de conhecer de perto um pouco da história contemporânea, especialmente da sociedade nordestina, narrada por poetas populares por meio do cordel. A exposição montada no hall do maior e mais equipado espaço de pesquisa do Nordeste é um retrato vivo do que a poesia popular representa enquanto manifestação de arte nos contextos político, cultural e social.

“Esta é uma pequena amostra do acervo que possuímos no Instituto Tobias Barreto”, revela a diretora da Biblioteca Evely Freire. A gestora acrescenta que a parceria firmada com a Academia Sergipana de Cordel para a realização da exposição permitiu o resgate de produções raras, inexistentes em outros locais.

Fundada no mês de julho, a Academia Sergipana de Cordel tem como patrono o poeta João Firmino Cabral, e na presidência, a poeta Isabel Cristina Santana do Nascimento. Segundo sua afirmativa, o objetivo da entidade é agregar os poetas populares às ações como a que ocorre na Unit, com a exposição do acerco do Instituto Tobias Barreto. “A Academia pretende levar o cordel a todos os espaços, principalmente nos espaços de educação. Essa parceria vem justamente colocar o cordel onde ele deve estar”, sugere a presidente.

Aluna do 6º período de Design Gráfico, Pâmela Ingrid Sampaio observa a iniciativa da Unit como a de uma instituição comprometida com o resgate e a preservação da cultura popular. “Acho bastante necessário, até porque é um tipo de manifestação cultural que não está sendo disseminado na população mais jovem”, opina.

“Terminei de escrever esse mês um cordel sobre medicina. Veja bem: não sei sequer fazer um chá, mas através do cordel o poeta revela a sua criatividade”, explica o cordelista Pedro Amaro do Nascimento. Segundo ele, trazer o cordel para a academia é tão importante quanto para qualquer outro nível de escolaridade.

“Sergipe precisa conhecer os poetas que não são feitos na universidade. Eles já vêm de berço com o privilégio de serem pessoas que falam do amor e da solidariedade”, opina o professor Uchôa. Durante a abertura da exposição, que foi seguida pela apresentação do coral Vivace, o reitor manifestou sua gratidão pelos promotores do evento tomarem a iniciativa de possibilitar a que os acadêmicos da Unit conheçam a grandeza do cordel.

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