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Projeto da Unit beneficia comunidades quilombolas em Sergipe

A iniciativa realiza atividades de promoção de saúde bucal. Em 2019, haverá ampliação de atendimentos gratuitos na clínica odontológica da Universidade Tiradentes

às 15h43
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Durante quase 10 anos, estudantes e pesquisadores da Universidade Tiradentes estiveram em diversas comunidades quilombolas no estado de Sergipe e realizaram um levantamento das condições de saúde da população. A partir do diagnóstico e do resultado obtido, a instituição de ensino, por meio do curso de Odontologia, criou um projeto de extensão universitária que beneficiará o primeiro quilombo urbano de Sergipe e segundo do Brasil, a comunidade Maloca. A perspectiva é de ampliação também para outras comunidades.

A iniciativa, desenvolvida pela doutora em Saúde Coletiva e pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Pesquisa, professora Cristiane Cunha, tem como objetivo verificar as necessidades de tratamento odontológico e associar a relação das doenças crônicas não transmissíveis com o impacto na saúde bucal.  No primeiro momento, o projeto realizou atividades de promoção de saúde bucal na comunidade, promovendo a melhoria da qualidade de vida da população.

“É muito importante o papel da Unit e o trabalho que a instituição de ensino realiza junto às comunidades vulneradas, sejam tradicionais ou não, a exemplo do quilombo urbano Maloca. Um projeto dessa grandiosidade transforma a vida da população. É inclusão social e isto é fundamental para a transformação do ser humano. Além disso, abre portas para os menos favorecidos, pois, em muitos casos, a população não tem condições de custear um tratamento odontológico, por exemplo”, enaltece o representante da Associação e Grupo Criliber, Luiz Bomfim.

Além do trabalho educativo de promoção da saúde dessa população com prevenção de doenças bucais e motivação ao autocuidado, em 2019, será ofertado à comunidade atendimento e serviços disponíveis na Clínica Odontológica da Unit.

“O projeto na comunidade quilombola tem uma importância fundamental, porque contribuímos para a sociedade com as necessidades que eles mais precisam, neste caso, há uma necessidade de ações em saúde bucal. O trabalho de educação em saúde vai continuar e vamos ampliar os serviços como restaurações, profilaxia, prótese dentária, radiologia, entre outros”, ressalta a professora Dr. Cristiane Cunha, coordenadora do projeto.

“Com este trabalho, conseguimos levar saúde para a comunidade. Vivenciamos uma realidade diferente e aprendemos bastante com este tipo de projeto. A nossa missão é levar orientação, abordar os aspectos mais importantes em relação à saúde bucal, escovação e incentivar a higienização correta. É uma experiência muito enriquecedora”, declara a estudante do curso de Odontologia Vanessa Gonçalves.

O projeto também terá uma parceria interdisciplinar com outras áreas, como Enfermagem, Medicina e Psicologia, com a expectativa de ampliação dos serviços em outras comunidades a partir de parcerias com Secretarias Municipais de Saúde. “É muito relevante tanto para estudantes quanto docentes, porque existe o contato com o ser humano. É muito aprendizado, além do respeito e valorização da comunidade”, finaliza a coordenadora.

Atualmente, o estado de Sergipe possui em torno de 35 comunidades quilombolas. A comunidade urbana da Maloca possui mais de 120 famílias cadastradas, de acordo com último levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra.

Sobre a pesquisa

A pesquisa já rendeu dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos científicos e um livro intitulado “Educação e Saúde para População Quilombola”, com capítulos de autoria de professoras e acadêmicos do curso de Odontologia e do Programa de Pós-graduação de Mestrado e Doutorado em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes.

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