Por Raquel Passos e Cecília Oliveira
Nesses últimos meses, muita gente passou a ter saudade dos entes queridos que moram na mesma cidade já que aglomeração não é permitido e o recomendado para conter o avanço do novo coronavírus é o isolamento social. Com isso, para dar uma amenizada nesse sentimento que o distanciamento causou, foi preciso passar mais tempo com equipamentos ligados na tomada e manter a conexão à internet bem ativa. No pacote, veio também a preocupação com os altos gastos de energia e seus impactos no fim do mês.
Além deste cenário familiar, que muitas vezes concilia com home office, ensino virtualizado, crianças em casa em tempo integral, há ainda o outro lado, o da paralisação das atividades de diversos setores que impactou no diminuição de renda de brasileiros..
“A energia depende diretamente de dois fatores: a potência dos aparelhos e o tempo que eles ficam ligados, considerando que a potência se mantém fixa, uma vez que os aparelhos elétricos não sofreram alteração. Mas o simples fato de estarem sendo usados por mais tempo influencia no consumo de energia e por consequência, na conta do final do mês”, explica a professora de Engenharia Elétrica da Universidade Tiradentes, Denise de Jesus.
Uma medida emergencial da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL – para aliviar a conta de luz dos consumidores e auxiliar o setor elétrico em meio ao cenário de pandemia da Covid-19, foi o anúncio da bandeira tarifária verde até dezembro de 2020. “Este recurso adotado pela ANEEL traz sim, um alívio para o consumidor em relação à conta de luz”, assegura a professora de Engenharia.
O aumento na conta de luz e a compensação pela mudança de bandeira dependem da rotina familiar em relação ao uso de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos. “Há casos em que as famílias sequer percebam mudança em suas contas de energia, e ainda há casos em que a mudança de bandeira não foi suficiente para compensar o aumento inesperado”, coloca Denise de Jesus.
Por isso, vale sempre lembrar que a melhor opção no controle de gastos é o uso consciente.
Tarifa social
Diante da redução ou da perda de renda, muitas famílias estão tendo dificuldades financeiras. Como a energia elétrica é um bem essencial, ainda mais neste momento que as pessoas estão mais tempo recolhidas em suas residências, o Governo Federal editou a Medida Provisória 950/2020, que destinou um total de R$ 900 milhões para garantir o desconto de cem por cento na conta de luz daqueles que estão cadastrados no programa Tarifa Social; e consomem até 220 quilowatts hora/mês.
A isenção valeu entre 1º de abril até este dia 30, beneficiando mais de nove milhões de famílias cadastradas no Programa Tarifa Social.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida, além de solucionar a perda de capacidade de pagamento dos consumidores de baixa renda, atende também as distribuidoras de energia elétrica, que passam pelo aumento da inadimplência e da redução do consumo de energia neste momento de pandemia.
Com informações do Governo Federal