A mudança de hábitos provocada pela pandemia atingiu não só as relações de trabalho, como também a prática de atividade física e de boa alimentação. Com mais tempo em casa, as pessoas tendem a ficar mais sedentárias, gerando um dos fatores de risco da covid-19: obesidade.
Uma análise publicada pelo Banco Mundial em 26 de agosto apontou que a obesidade não só aumenta o risco de morte em pacientes com covid-19 em quase 50%, mas também pode limitar a eficiência de uma vacina contra o novo coronavírus. Em conversa com o doutor em Educação Física, docente do Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente, Estélio Dantas, ele informou que a pandemia e o isolamento social necessário para conter o vírus tornaram a efetividade da prática de exercício reduzida.
“A pandemia e, principalmente, as medidas tomadas para o seu combate: lockdow, fechamento de academias tornaram as tentativas de utilização dos meios virtuais para ensinar a população a se exercitarem de efetividade foi reduzida”.
Estélio explicou que existe uma diferença entre atividade física e exercício físico. A atividade física espontânea, segundo ele, deve ser praticada por todos e consiste em ter uma vida ativa, com gasto calórico nas atividades cotidianas de pelo menos 300 calorias. Outra recomendação é não ficar mais de 50 minutos sentado ou deitado.
“Já o exercício físico deve ser prescrito por um Profissional de Educação Física para poder indicar o tipo de atividade e quantificar a carga de trabalho quem com menos esforço atinjam os objetivos. A atividade física espontânea é todo o tipo de movimento intencional que as pessoas realizam. Portanto, fazer uma caminhada, varrer a casa, subir um lance de escadas, lavar louça, arrumar a cama, são atividades físicas”.
Estilo de vida
“Desenvolver um estilo de vida ativo é responsabilidade de cada um para garantir sua saúde. O importante é cuidar para diminuir o tempo sentado ou deitado o mínimo possível, substituindo-os por comportamentos mais ativos”.