No dia 17 de março, Aracaju comemora 166 anos. Fundada em 1855, foi planejada para ser a capital de Sergipe, antes sediada na cidade de São Cristóvão. Com isso, a capital sergipana ganhou novas ruas, avenidas e fez história. A Universidade Tiradentes é uma dessas boas histórias, que nasceu na capital sergipana em 1962 com a criação do Colégio Tiradentes.
“Só é possível conhecer a história da Unit, que se desdobra nas marcas da cidade de Aracaju, se formos capazes de rememorar as linguagens apreendidas, os gestos, as expressões, as esperanças, os amores, as saudades. Os seus prédios, suas salas, seus livros, suas árvores, suas flores são marcas sensíveis do tempo que faz o corpo sentir e se emocionar ao adentrar pelos seus espaços”, declara a pesquisadora, doutora Ilka Miglio de Mesquita, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unit.
“A história da Unit se sobrepõe à história de Aracaju a partir da segunda metade do século 20, quando o Brasil sente sua modernização pela ousadia de suas construções, de um processo de urbanização mais intenso. E a cidade recebe mais gente que busca outros rumos, serviços mais modernos, dentro dos quais faz parte a Unit, que se inicia como uma escola de ensino do hoje chamado Fundamental e Médio. E o seu crescimento é alimentado por outras buscas, a do Ensino Superior”, acrescenta a docente.
Ao longo do tempo de quase 60 anos de atuação, a Universidade Tiradentes vem galgando conquistas, sendo referência em ensino, pesquisa, extensão, além de contribuir com desenvolvimento social de Aracaju e, atualmente, de outros estados e municípios. “Os serviços da instituição de ensino se prestam a formar pessoas com qualificação às demandas da cidade e da vida, respondendo com prédios mais modernos e crescente número de cursos, projetando formações em sintonia com o próprio desenvolvimento e a modernização da cidade”, enfatiza a pesquisadora.
“São 166 anos de Aracaju e 59 anos da Unit. Pensar nessa complexidade temporal pelos elementos que compõem os espaços ou os arranjos de sua paisagem, as dinâmicas entre passado, presente e futuro, fazem de Aracaju e da Unit lugares de produção, de memória, de sonhos”, destaca Ilka.
“São como livros de leitura, repletos de palavras e textos que compõem narrativas múltiplas, se encarregando de contar o experienciado, o vivido, ou fazendo-nos pensar no que vem depois – o futuro”, finaliza.