ESTUDE NA UNIT
MENU

Aluna de Iniciação Científica participa de projeto em comunidades quilombolas

Pamela Bortoluzzi, acadêmica do curso de Engenharia Química da Unit, integra equipe de pesquisadores que analisa a água de consumo em comunidades quilombolas de Sergipe.

às 14h20
Compartilhe:

Um dos principais problemas ambientais enfrentados pela população, especialmente em regiões mais necessitadas, é a contaminação da água. Por isso, analisar a qualidade hídrica é fundamental para garantir a prevenção e o controle de doenças causadas por água contaminada. 

Pensando nessa realidade, a Universidade Tiradentes — Unit, por meio do Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente, realiza um projeto com o objetivo de avaliar os padrões de potabilidade da água utilizada para consumo humano e os riscos à saúde em comunidades quilombolas.

“Os dados socioeconômicos baseados nas informações disponíveis sobre as famílias quilombolas registrados no Cadastro Único de Programas Sociais em 2013 mostraram que 54% possuem saneamento básico inadequado; 33% sem banheiro ou sanitário; e 55,2% ainda não possuíam água canalizada”, destaca a professora doutora Maria Nogueira Marques, pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Pesquisa — ITP e docente do Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente da Unit. 

“Os fatos evidenciam a importância da avaliação da qualidade da água de consumo em comunidades quilombolas localizadas no Estado de Sergipe, de modo a fornecer subsídios para elaboração de políticas públicas que garantam a prevenção e o controle das doenças causadas por água contaminada”, acrescenta.

A pesquisa, iniciada em 2017 ainda como projeto de Iniciação Científica, ganhou destaque e, no ano seguinte, foi selecionada pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe – Fapitec/SE para o desenvolvimento dos estudos no ITP por meio da Chamada  MS/CNPq/Fapitec/SE/SES – Nº 06/2018 PPSUS-Sergipe. “O projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa, contando com toda a infraestrutura para as análises, estudos e  desenvolvimento”, reitera a professora.   

“A iniciativa começou como  um projeto-piloto de Iniciação Científica e, desde então, já propiciou o despertar e o desenvolvimento científico de nove alunos da graduação da Universidade Tiradentes, dos cursos das Engenharias, Enfermagem e Biomedicina”, salienta a pesquisadora.

“Também tivemos uma bolsista de Iniciação Científica júnior, a Vanessa Helena Souza de Oliveira, aluna do ensino médio, com bolsa PROBEM da Unit e que era uma moradora de uma das comunidades quilombolas que fazem parte do projeto”, complementa. 

Para a professora Maria Nogueira, a participação dos alunos de Iniciação Científica é muito importante, tanto para a formação dos alunos da graduação como para a realização do projeto. “Eles auxiliam na coleta de dados e amostras, realização das análises e no tratamento dos dados. Neste processo, desenvolvem o interesse pela pesquisa, aprendem a fazer um levantamento bibliográfico, desenvolvem diversas habilidades, tais como as atividades laboratoriais, o tratamento e interpretação de dados, redação científica e interpretação de textos científicos escritos em português e inglês”, enfatiza.  

Pamela Bortoluzzi, acadêmica do curso de Engenharia Química da Unit, é aluna de Iniciação Científica do projeto e contribuiu com o projeto de pesquisa. “Eu não tinha muito conhecimento sobre Iniciação Científica até o momento em que fui encaminhada pela coordenação do meu curso, quando busquei a oportunidade na área”, declara.

“Minha primeira experiência foi no início de 2018, com a professora Maria Nogueira Marques, que até hoje é minha orientadora. Ela me deu essa oportunidade porque eu já estava procurando atuar na área de alguma forma. Atualmente, estou no meu quarto projeto científico com a docente”, complementa. 

“A Iniciação Científica me proporcionou muita coisa além do conhecimento. Foi um crescimento pessoal. Tive oportunidade de trabalhar diretamente com comunidades vulneráveis, as quilombolas, onde estudei sobre a qualidade de água consumida por eles, além de ter tido a chance de conhecer melhor a região do baixo  Rio São Francisco”, frisa.

“Além disso, veio o crescimento profissional, frequentando congressos em outros estados, participando de monitorias em eventos lado a lado com profissionais incríveis, tendo um artigo publicado, prêmios e outras iniciativas. Sou muito grata à professora Maria e aos mestrandos e doutorandos com quem trabalhei, por terem me ajudado e me ensinado tanto ao longo desses três anos”, finaliza a acadêmica.

Confira também: Os primeiros passos para ser um cientista.

Compartilhe: