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Educação socioemocional está mais presente nas escolas

Ela busca desenvolver valores como ética, empatia, autoconhecimento e responsabilidade entre os estudantes

às 15h43
Os conceitos de educação socioemocional estão presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) <a href='https://br.freepik.com/psd/fundo'>Fundo psd criado por freepik - br.freepik.com</a>
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Uma das competências mais trabalhadas atualmente nas escolas é a educação socioemocional, voltada para o desenvolvimento das competências emocionais, psicológicas, interpessoais e comportamentais de cada pessoa. O conceito começou a ser estudado e desenvolvido em 1994, a partir de pesquisas feitas em escolas dos Estados Unidos, mas foi ganhando força nos anos seguintes, principalmente quando a Organização das Nações Unidas (ONU) passou a divulgar e impulsionar a causa entre suas metas de desenvolvimento para o Século XXI. 

De acordo com a professora Jane Luci Ornelas Freire, doutora em Educação e gerente de Inovação e Qualidade Acadêmica do Grupo Tiradentes, a educação socioemocional “é o processo de autodesenvolvimento humano que facilita as relações positivas e responsáveis dos indivíduos consigo mesmo, com os outros em sociedade e com o meio em que vive. Ela explica que esse autodesenvolvimento contempla uma das quatro grandes aprendizagens consideradas fundamentais para este século: conhecer, fazer, ser e conviver. 

“Nesse sentido, percebe-se aí nesses quatro pilares da educação para o Século XXI uma noção de desenvolvimento abrangente e integral do ser humano, que pressupõe um desenvolvimento pleno, não só um desenvolvimento cognitivo, físico, mas um desenvolvimento sócio-emocional. [Que o ser humano seja] um sujeito capaz de ser uma pessoa cada vez melhor e também de ser uma pessoa que sabe conviver consigo mesmo, com os outros, em sociedade e com o meio ambiente em que vive”, afirma a professora. 

A educação socioemocional procura trabalhar várias habilidades psicossociais nos estudantes, como empatia, responsabilidade, ética, persistência, autonomia, autoestima, criatividade e confiança, entre outros valores. A literatura já produzida sobre o tema aponta que o uso das competências socioemocionais na educação melhora a conexão entre os estudantes e suas famílias, dialoga com os novos programas curriculares e ajuda na resolução e prevenção de conflitos, diminuindo sensivelmente os casos de bullying e agressividade entre os estudantes.

 No Brasil, esse conceito passou a ser mais trabalhado a partir de 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), cujos princípios e objetivos batem com os da educação socioemocional, ao visar a formação integral do indivíduo – o que veio a se confirmar mais tarde com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com o currículo do Novo Ensino Médio, baixados em 2019.

“A lei já pressupõe que exista, nos processos formais da educação, essa preocupação com a educação socioemocional de forma integrada com os processos tradicionais de educação. Ela visa o processo formativo que vai trabalhar a dimensão de atitude, dos valores, desse potencial virtuoso do ser humano”, resumiu Jane, acrescentando que esses marcos legais forçaram as escolas a reestruturarem seus currículos e suas técnicas de ensino para dar conta dos novos modelos educacionais.

Ensino superior

O ensino superior também vem sendo influenciado pelo movimento da educação socioemocional e está igualmente no processo de reformulação de currículos e adaptação das suas metodologias. As faculdades e universidades estão se espelhando cada vez mais na BNCC e buscando formar alunos e professores dentro deste novo cenário. Para a professora Jane Ornelas, isso vai ficar mais fortalecido na medida em que os alunos dos ensinos fundamental e médio, hoje educados sob os princípios da educação socioemocional, forem chegando aos campi. 

“Os estudantes, daqui a pouco tempo, vão chegar mais autônomos como pessoas, mais conscientes do que querem e daquilo que querem influenciar para melhoria de sua vida e da vida em sociedade. Isso tem feito com que as instituições de ensino superior revisem os seus currículos e processos formativos, para incluírem essa dimensão socioemocional, também chamada de desenvolvimento das soft skills, de forma mais intencional e integrada aos processos formativos que já existem”, prevê a diretora. 

Ela destaca também que o modelo socioemocional de educação também é trabalhado no Grupo Tiradentes, tendo ele como um dos eixos que estruturam o programa de formação continuada dos docentes. “Queremos que os nossos professores e os nossos estudantes consigam se desenvolver de forma plena, não somente como acadêmicos e profissionais, mas como pessoas capazes de lidar com os desafios de uma sociedade contemporânea, em constante mudança”, concluiu.

Ascom | Grupo Tiradentes

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