A pandemia do novo coronavírus provocou diversas mudanças em todo mundo. Empresas precisaram se reinventar, profissionais tiveram que se adaptar ao cenário, além da crise econômica que afetou diversos setores, aumentando o número do desemprego, principalmente no Brasil.
“A pandemia nos colocou na aceleração de um contexto já previsto porque nos deparamos com diversos desafios e questionamentos. Com essa perspectiva, tivemos que nos planejar para dar conta das nossas atividades laborais e pessoais em um mesmo espaço e em um curto período”, declara a psicóloga e coordenadora do Unit Carreiras, Maria Luisa Teodoro.
Segundo a especialista, as pessoas estavam acostumadas com a rotina diária e não paravam para avaliar a carreira. “Com toda essa mudança, gerou-se uma insatisfação com as circunstâncias dos trabalhos o que levou as pessoas a repensarem suas possibilidades ou até mesmo reinventar aquela carreira”, comenta.
“Ao mesmo tempo que é muito complexo essa questão de insatisfação do local de trabalho, não podemos nos manter estagnados. A orientação é sempre buscar novas oportunidades enquanto ainda está empregado como uma forma de se promover ou buscar novas experiências”, acrescenta.
Para Maria Luisa, outro ponto importante é a autoavaliação das pessoas quanto aos seus propósitos. “É válido repensar o que tenho que buscar para minha vida pessoal e profissional e analisar os motivos da insatisfação e o que devo fazer para melhorar, buscando assim um equilíbrio”, salienta.
“Em tempos de crise, nos aprimoramos, crescemos e evoluímos. São nesses momentos que, de fato, utilizamos para avaliar até onde vale a pena e, ao tratarmos de mercado de trabalho, cabe uma avaliação bastante criteriosa. O autoconhecimento é importante para que se tenha um direcionamento mais equilibrado a partir do momento que se considera mudar o plano de carreira”, complementa.
De acordo com a coordenadora do Unit Carreiras, toda essa transformação impacta tanto as empresas quanto os colaboradores.
“As relações de trabalho ficaram realmente mais complexas porque foi preciso fazer adaptações de custo, de estrutura, de pessoal e, com isso, há um aumento da cobrança das entregas”, destaca.
“Muitos trabalhadores não observam uma reciprocidade e eleva essa sensação de descontentamento e autocobrança. Com todo esse movimento, as relações trabalhistas tornaram-se mais tensas e é preciso que haja um equilíbrio. É uma via de mão dupla”, finaliza.
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