A forma como nos informamos mudou e muito nos últimos tempos. O volume de informações recebidas também, e chega a ser desafiador para qualquer pessoa. Afinal, são inúmeras plataformas, assuntos dos mais variados, notícias, informações que chegam em texto, vídeo e áudio. E detalhe: a todo instante. Mas, como acompanhar tudo isso, em diferentes plataformas e diferenciar o que é fato do que é fake news?
Essa, realmente, não é tarefa das mais fáceis. No entanto, é possível filtrar tudo o que se recebe diariamente, estar informado e evitar as nocivas fake news. Segundo um levantamento realizado em 2016 pelo Pew Research Center, 62% dos adultos americanos obtêm a maior parte das informações pelas redes sociais. Quatro anos antes, esse percentual era de 49%. Além disso, o estudo apontou que o Facebook figurava como a rede social mais utilizada (67%) e acessada para a obtenção de informações (44% dos pesquisados se informam por esse canal), com o YouTube na sequência das redes mais usadas (48%).
Verificar as informações é preciso
A sobrecarga de informações aliada a um grande volume de fake news faz das diversas plataformas um verdadeiro campo minado. Por isso, verificar o que se recebe, antes de sair compartilhando é uma necessidade na atualidade. Além disso, é essencial buscar informações por meio de notícias publicadas em sites e veículos confiáveis, oficiais. Esse cuidado, faz com que o fluxo de informações consumido diariamente flua de forma segura e em um ritmo adequado para cada internauta.
Nos últimos anos diversas ferramentas foram desenvolvidas para avaliar a qualidade das informações. O Reuters Institute for the Study of Journalism analisou esse fenômeno e confirmou o crescimento de sites voltados à comprovação da veracidade das notícias. Nos últimos dez anos, surgiram plataformas especializadas nessa checagem em mais de 50 países.
Grande parte desses sites está ligada a veículos de mídia tradicionais, como por exemplo, a sessão ‘Burst Your Bubble’ do jornal The Guardian, onde semanalmente há a indicação de artigos conservadores, que o jornal considera importantes para ampliar a visão de mundo de seus leitores. Outra ferramenta interessante é o canal digital ‘Blue Feed, Red Feed’ do The Wall Street Journal, que atua na publicação de notícias, as quais foram postadas no Facebook por meios progressistas e também posts de publicações conservadoras.
Além dessas iniciativas, mais de 60% das plataformas de verificação atuam de forma independente ou vinculadas a uma organização civil. É o caso do ‘PolitiFacts’ e seu monitor ‘Truth-O-Meter’, o ‘First Draft News’ e o ‘FactCheck’, projeto do Annenberg Public Policy Center.
Há também alguns serviços de checagem e verificação de informações em língua portuguesa, que são igualmente independentes ou vinculados a veículos tradicionais de comunicação. Destacam-se o site português ‘Polígrafo’, que tem parceria com a rede de TV SIC; e, no Brasil, as agências de checagem ‘Lupa’ e ‘Aos Fatos’; o serviço Fato ou Fake, do Grupo Globo; e o Projeto Comprova, criado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em parceria com 28 veículos e grupos de comunicação do país.
Asscom | Grupo Tiradentes