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Com sua maior delegação, Brasil chega com boas chances nas Paralimpíadas

Delegação brasileira é formada por 253 paratletas em 14 modalidades; que podem superar a marca das 100 medalhas de ouro conquistadas em Paralimpíadas desde 1984

às 22h40
Equipe brasileira de vôlei sentado, em seu primeiro treinamento no Japão: expectativa é de que a delegação brasileira supere marcas de medalhas em Paralimpíadas (Divulgação/CBVD)
Equipe brasileira de vôlei sentado, em seu primeiro treinamento no Japão: expectativa é de que a delegação brasileira supere marcas de medalhas em Paralimpíadas (Divulgação/CBVD)
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Quem estava com saudades de torcer, vibrar e sentir as emoções das disputas e conquistas das Olimpíadas pode reviver estes momentos a partir desta terça-feira, 24, quando começa a 16ª edição dos Jogos Paralímpicos de Verão, em Tóquio, no Japão. A competição contará com a maior delegação brasileira da história das Paralimpíadas, com 260 atletas, sendo 164 homens e 96 mulheres. Maior ainda é a expectativa de um resultado que supere a atuação que tiveram em 2016, quando nosso país conquistou 72 medalhas e se consolidou como uma das potências mundiais do paradesporto. 

Confirmando a evolução que a área vem tendo no Brasil, os nossos competidores já ganharam um total de 307 medalhas paralímpicas desde a primeira medalha de ouro, conquistada na edição de 1984, em Los Angeles (EUA). Dessas medalhas, 88 foram de ouro, 115 de prata e 104 de bronze, alcançando a 23ª posição no quadro de medalhas paralímpicas de todos os tempos. E para agora, em Tóquio, é esperado o alcance das 100 medalhas de ouro conquistadas pelos paratletas brasileiros na categoria. 

“Os atletas paralímpicos no Brasil estão melhorando cada vez mais seus desempenhos e resultados e isso foi sentido nos jogos paralímpicos do Rio 2016. A Confederação Brasileira de Paradesporto tem feito um trabalho muito bom e levará o Brasil a se configurar entre as primeiras colocações do ranking no quadro de medalhas, e nós temos atletas excelentes em várias modalidades individuais e coletivas”, afirma o professor Walter Thiessen, coordenador de Esportes da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe). 

Entre os atletas que se destacam, estão os das equipes de vôlei sentado masculino e feminino. O jogo adaptado para pessoas com deficiência tem os times brasileiros entre os favoritos às medalhas de ouro. Eles fizeram toda a temporada de treinamentos em Sergipe, durante toda a primeira metade de 2021, e já estão concentrados na cidade de Hamamatsu, próxima a Tóquio, onde se preparam para os jogos. 

Paris 2024

Nas modalidades individuais, um estudante da Unit Sergipe tem se destacado entre os maiores atletas paralímpicos do Brasil: Alan Bezerra, que é maratonista de baixa visão, faz o curso de Educação Física e vem participando de grandes competições paralímpicas no Brasil e no Mundo, com o apoio do Grupo Tiradentes. O paratleta já alcançou o quarto lugar na Volta de Aracaju em 2008 e atuou em campeonatos de cidades como Buenos Aires (Argentina) e Londres (Reino Unido).

Só que uma mudança de regra impediu que Alan estivesse em Tóquio, representando o Brasil nas Paralimpíadas. Ele não conseguiu se classificar para os Jogos deste ano, porque passou a ser enquadrado em uma categoria diferente de corridas. “Ele estava se preparando para a maratona (42 km) e, com a mudança de categoria, foi para as provas pista na categoria fundo 5.000m, cujo treinamento é oposto ao de 42km”, diz Thiessen, explicando que essa alteração dificultou muito a classificação de Alan e, “além de tudo, teve a pandemia, que não lhe deu condições de treinar nem fazer provas internacionais”.

Mas o maratonista não desanimou e já está fazendo jus a um bordão que ficou popular na cobertura das Olimpíadas: “Paris é logo ali”. Os treinos para a próxima Paralimpíada, em 2024 na capital francesa, já começaram, e incluem a participação de Alan em outras competições e uma ida ao Japão, mas para a cidade de Kobe, onde o Campeonato Mundial Paralímpico acontece no ano que vem.  

Asscom | Grupo Tiradentes 

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