Os números, que são o retrato do efeito nocivo da crise desencadeada pela Covid-19 no País, chamam a atenção por si: segundo um levantamento realizado pelo IDados, em um ano, 377 brasileiros perderam o emprego por hora. No pior momento da crise, a realidade foi ainda pior: 1,4 mil pessoas eram demitidas por hora.
O estudo revelou que em abril deste ano, eram 85,9 milhões de ocupados, 3,3 milhões a menos do que no mesmo período de 2020. A análise da consultoria IDados foi realizada com base nas informações da Pnad Contínua, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que considerou dados do mercado formal e informal.
A pesquisa também mapeou que em agosto de 2020, o pior período da crise, 1,4 mil pessoas perderam o emprego por hora. Nesse mês eram 81,6 milhões de ocupados, quase 12 milhões a menos na comparação anual.
“A verdade é que a disseminação do Covid-19 cobrou uma fatura alta da economia e das próprias empresas. Para se ter uma ideia da gravidade do quadro, no início deste ano, a taxa de desemprego no país atingiu o recorde histórico ao passar de 14,7% e atingiu a 14,8 milhões de brasileiros, analisa o professor Werson Kaval, docente de MBA e Pós-Graduação nas áreas de Empreendedorismo, Inovação, Planejamento Estratégico e Gestão de Negócios/Startups do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco).
Recentemente, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) definiu esse um ano e meio de pandemia como ‘cataclísmico’. De acordo com o relatório da OIT, a nova crise mundial é muito maior e mais nociva que a crise financeira de 2008/2009. “Deste modo, as projeções indicam que mais de 220 milhões de pessoas devem permanecer sem emprego neste ano”, ressalta o professor.
Asscom | Grupo Tiradentes