A acadêmica do curso de Direito da Universidade Tiradentes (Unit) do Campus Propriá, Ana Maria Menezes, ingressou na graduação já com a decisão de se dedicar ao campo da pesquisa.
“Vi na Iniciação Científica (IC) uma oportunidade ímpar de desenvolver meu senso crítico, profissional e ético, assim como aumentar a evidenciação científica e favorecer, por meio das pesquisas, o que de melhor a prática jurídica pudesse oferecer”, comenta.
“A IC, sendo a primeira experiência do aluno com o ambiente científico, foi de suma importância para meus primeiros passos como pesquisadora”, acrescenta.
Para a estudante, a IC é um indispensável instrumento de apoio metodológico para o desenvolvimento dos projetos de pesquisa e atua como facilitadora para o crescimento no ambiente acadêmico.
“Inicialmente, aprendi o básico para a confecção de trabalhos acadêmicos, como montagem, organização, edição e estruturação. Aprendi, ainda, como sistematizar as ideias das teses e pesquisas realizadas, qual a melhor maneira de apresentá-las, como defendê-las em eventos. Foi uma experiência nova, de dedicação e oportunidades, onde minha visão no campo social foi ampliada”, enfatiza.
Segundo Ana Maria, a Unit exerceu um papel fundamental em sua trajetória. “A universidade deve ser um ambiente que favoreça o estímulo e incentivo à pesquisa. Foi dessa maneira que a instituição assumiu, em minha carreira, um papel muito relevante, pois nunca me faltou o apoio necessário, tanto institucional como também dos professores, que fomentaram em mim esse espírito inquieto e transformador que me levou a me aventurar nessa área do Direito, à qual tanto me conecto”, destaca.
Entre os projetos de Iniciação Científica desenvolvidos pela acadêmica está o de Mineração em terras indígenas e o direito à consulta prévia na Bolívia, Brasil e Equador, sob orientação de Fran Espinoza e Douglas Diniz.
“Esse projeto introduz a metodologia qualitativa com o instrumento comparativo que, por meio da subjetividade, viabiliza a busca de um parâmetro dos ordenamentos jurídicos dos três países latino-americanos, em uma análise relativa das condições legislativas, sociais, políticas e econômicas que influenciaram e determinaram o normativo adotado em cada um dos países”, explica a acadêmica.
Além da IC, Ana Maria também teve aprovado e publicado, nos anais do evento da 22º Sempesq e 14ª Semex, o resumo intitulado Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): racismo e cotas raciais no Brasil. A acadêmica também teve publicado o artigo Ressocialização no sistema penitenciário brasileiro, juntamente com João Victor Pereira de Oliveira e Julyana Pereira Batista. Ambos projetos sob a orientação do professor Fran Espinoza.
A estudante também foi agraciada com o 2º Prêmio Carlos Ayres Britto. “Sinto-me imensamente honrada, pois essa premiação traz o reconhecimento da vida acadêmica do aluno, ao mesmo que estimula os discentes do Campus Propriá a participarem de pesquisa”, garante.
“Ao terminar a graduação, pretendo dar continuidade aos estudos, ampliando o conhecimento através do ingresso em um curso de mestrado mais voltado para a área jurídica, inclusive anseio por um tema que possa vir a ser meu projeto para o mestrado”, finaliza.
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