A procura pelas dietas vegetariana e vegana tem crescido no Brasil e no mundo. Estima-se que 14% da população brasileira se considera vegetariana. Ainda não há uma estimativa sobre o número de veganos no país, mas 32% das pessoas já demonstram preferência por opções veganas em restaurantes e outros estabelecimentos.
No entanto, com esse crescimento, também tem surgido uma nova moda: junk food vegano. A expressão é traduzida como comida lixo ou porcaria. Esse tipo de comida, vegana ou não, é pouco nutritiva pelos altos teores de calorias, gorduras, açúcares e sódio. Hambúrgueres, pizzas e linguiças são alguns exemplos de comidas de origem animal que têm adaptações veganas.
Dessa forma, uma alimentação baseada em ingredientes de origem vegetal como cereais, leguminosas, oleaginosas, legumes, verduras e frutas, que deveria ser mais saudável, torna-se perigosa, provocando desequilíbrio no funcionamento do corpo, causando deficiência de nutrientes e ganho excessivo de peso.
Excluir alimentos de origem animal da alimentação requer adaptações corretas. Por essa razão, é importante procurar um profissional para prescrever uma dieta equilibrada, fazendo as substituições adequadas e com todos os nutrientes necessários.
Vitamina B12
O vegano deve prestar atenção ao consumo de alimentos que suplementem, principalmente, a vitamina B12. Esse nutriente é encontrado em maior quantidade nos alimentos cárneos. Ela é importante para a produção de glóbulos vermelhos no sangue e o bom funcionamento do sistema nervoso, e sua falta acarreta anemia, confusão mental e outros problemas relacionados à memória, como demência e irritabilidade.
Alguns alimentos à base de soja e outros cereais possuem níveis baixos da vitamina B12. Por isso, a suplementação geralmente é feita por meio de comprimido sublingual, promovendo rápida absorção e elevação nas concentrações do nutriente no corpo, cápsulas ou injetáveis.
Veganismo
Além de excluir da alimentação qualquer produto de origem animal, como carnes, ovos, laticínios e mel, o veganismo também suprime a utilização de cosméticos, medicamentos, vestuário e outros itens que sejam testados em animais ou possuam algum ingrediente derivado de animais na formulação.
Nesse estilo de vida, o indivíduo também não frequenta locais em que os animais são usados para lazer ou diversão, a exemplo de circos, zoológicos ou parques.
*Com informações da Sociedade Vegetariana Brasileira, Istoé, Vitat e Minha Vida.
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