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Violência contra a mulher ainda representa um número alto

Em 2020, a quantidade de mulheres que sofreram violência doméstica aumentou em 27%, comparado com 2018.

às 16h23
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“Enquanto estado brasileiro, ainda não temos muito o que comemorar no que se refere à violência doméstica e, sobretudo, à violência contra a mulher”. A declaração é da juíza da vara criminal de Estância-SE, Iracy Ribeiro Mangueira. Instituições públicas, privadas e não governamentais têm criado ações e campanhas para ajudar no combate à violência doméstica e contra a mulher, mas só em 2020 o número de mulheres violentadas cresceu 27% se comparado com 2018.

Atuante desde 2001 na área de proteção à mulher, a juíza falou como a sociedade tem enxergado esse movimento. “A violência contra a mulher mobiliza toda uma questão cultural, ainda presente no estado brasileiro. Sabemos que a violência contra a mulher é muitas vezes inviabilizada, mas ela existe e é democrática, infelizmente, atingindo e dispersando muitos lares”, explicou Iracy.

“As pessoas não comentavam, não denunciavam. Então, tínhamos um contingente muito grande de subnotificações. Com toda a articulação do poder público e política pública brasileira, que envolve todo o sistema de justiça e de garantias, a gente começa a ir à sociedade, estabelecer canais de denúncia, ações formativas para tentar mudar essa cultura patriarcal que, infelizmente, é reproduzida por um sistema em que a mulher vive relações de subalternidade”, complementou.

Desde 17 de dezembro de 1999, quando a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, e depois disso, em 7 de agosto de 2006, com a criação da Lei Maria da Penha, foram estabelecidos mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

“Chamo a atenção também para a existência de uma campanha, a campanha do Laço Branco, em que a gente chama o homem também para essa luta. Porque essa luta é de todos nós. Somos homens, somos mulheres. Somos todos, todas e todes, e precisamos estar juntos na defesa da expressão das nossas subjetividades”, concluiu Iracy.

Live

O combate à violência contra a mulher foi tema de uma live realizada pela Universidade Tiradentes (Unit) na última quinta-feira, 25, em alusão ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.

Para assistir à live completa, é só acessar o link

 

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