No ano de 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o Burnout como um “fenômeno ligado ao trabalho” e descreve os sintomas como sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida. Durante esses dois anos, a síndrome vem sendo diagnosticada com frequência, especialmente durante o ano da pandemia, onde profissionais precisaram se virar para trabalhar em home office, misturando as tarefas domésticas com as questões trabalhistas.
As principais causas da Síndrome de Burnout são o estresse crônico e a tensão emocional gerados no ambiente de trabalho por condições físicas, psicológicas e emocionais desgastantes. Essa doença mental está ligada ao trabalho e é derivada exclusivamente das situações que ocorrem no âmbito profissional. Dentre os sintomas, os médicos e especialistas alertam para exaustão frequente, dores de cabeça, insônia, transtornos alimentares, sentimentos de fracasso e insegurança, dores musculares, dificuldade de concentração e problemas no sistema gastrointestinal.
A classificação como doença de trabalho (CID 11) entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 2022 e uma pessoa que teve o diagnóstico de burnout confirmado, agora, tem a possibilidade de afastamento de até 15 dias por licença médica, sem sofrer prejuízo financeiro por causa da doença. A classificação faz com que o empregador agora seja obrigado a pagar a remuneração ao funcionário, e, caso seja necessário um período maior do que 15 dias longe das atividades do trabalho para conseguir se recuperar da síndrome, o profissional pode entrar com uma ação trabalhista, anexando documentos que comprovem a sua situação de saúde.
O trabalhador com burnout recebe os benefícios provenientes do desenvolvimento de uma doença ocupacional. Para as empresas, a inclusão da síndrome de burnout na CID-11 significa repensar quais são os modelos de gestão de pessoas aplicados no negócio. Especialistas afirmam que existem algumas condutas que o empregador pode ter a fim de evitar o Burnout em seus colaboradores, como oferecer plano de saúde, proporcionar momentos de lazer fora do ambiente de trabalho e respeitar os horários de descanso previstos na CLT.
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