É bem provável que se você já assistiu ao menos um episódio da série CSI: Investigação Criminal imaginou como seria trabalhar investigando crimes, correndo atrás de pistas até chegar ao culpado. Apesar da excessiva dramatização da rotina de um perito criminal, a profissão existe e requer uma formação superior, além de aprovação em concurso público.
“Um perito criminal independente da área, analisa vestígios através de exames para produzir o que a gente chama de prova técnica, prova objetiva, de um processo penal. Então, é um trabalho indispensável para a elucidação de crimes”, explica o professor da pós-graduação em Perícia Criminal e Ciências Forenses da Universidade Tiradentes, Dr. Marek Henryque Ferreira Ekert.
A especialização em Perícia Criminal e Ciências Forenses da Unit é ofertada a profissionais de nível superior que possuam graduação em qualquer área do conhecimento — biologia, medicina, biomedicina, química, física, engenharias, farmácia, economia, contabilidade, ciências da computação, informática, direito e fisioterapia, entre outras — que pretendam exercer ou já exerçam atividades relacionadas à profissão.
Antes de ser perito criminal, o Dr. Marek formou-se em biomedicina. Enquanto biomédico, ele atua no Laboratório de Genética Forense da Perícia Oficial de Alagoas. “Geralmente os biomédicos gostam muito da parte de genética. Então é uma tendência, mas não é uma regra, não está na lei, mas é uma lógica que os biomédicos que fazem o concurso para o cargo de perito criminal, geralmente buscam o laboratório de biologia e de genética forense”, diz.
“A perícia é dividida em três grandes áreas. A área externa, a área de perícias externas e a área de perícias de laboratório. Nas áreas de perícias externas, estão aqueles peritos que atendem local de morte violenta, local de patrimônio e local de acidente de trânsito com vítima fatal. Os peritos criminais que atuam nas perícias internas atuam na balística, na informática, na contabilidade, na documentoscopia e na identificação veicular, entre outras especialidades. E os peritos criminais que atuam em laboratório forense atuam na química, toxicologia, biologia e genética”, complementa Marek.
Mas, assim como em outras profissões, ser perito criminal requer atualização constante. “Só o fato de conseguir aprovação em concurso público para perito criminal biomédico já é um destaque absurdo, fantástico. Daí, dentro da carreira pericial da Polícia Científica, onde o perito trabalha, ele poderá fazer uma especialização, um mestrado, um doutorado e se aprimorar cada vez mais para ter tecnologia e infraestrutura suficientes para enfrentar a bandidagem”, conclui.
Bate-papo
O curso de Biomedicina da Universidade Tiradentes recebeu a visita do perito para um bate-papo com os estudantes, no último mês. A organização ficou por conta da Liga de Genética do curso de Biomedicina, coordenada pela professor Patrícia Almeida, em parceria com a coordenação operacional do curso.
Na oportunidade, o Dr. Marek falou sobre a sua trajetória até chegar à Perícia Oficial de Alagoas, as oportunidades que teve durante a graduação, mestrado e doutorado, incentivando os alunos a não desistir dos sonhos e escolher a habilitação que propicie realização profissional. Os alunos tiraram dúvidas sobre como passar em um concurso da perícia e como obter uma boa rotina de estudos.
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