O Centro Gastronômico da Universidade Tiradentes (Unit), no campus Farolândia, sediou na última sexta-feira, 10, a final do concurso “Minha merenda é a melhor”, realizado pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc). Entre 81 inscrições, nove merendeiros sergipanos foram classificados para a última etapa da competição que teve como objetivo a valorização do papel destes profissionais na promoção da alimentação saudável no ambiente escolar.
“Para nós da gastronomia é algo que nos fica muito felizes porque o bom cozinheiro é aquele que consegue realmente criar algo gostoso com o que tem disponível e eu percebi todos os nove participantes extremamente compenetrados e preocupados com o empratamento, com a forma de servir o alimento. E isso é muito interessante porque o histórico que temos é de que a merenda escolar é como bandejão. Eles levaram bem a sério esse concurso e ficamos muito felizes com tudo isso”, diz a coordenadora pedagógica do curso de gastronomia da Unit, Isabelle Brito, que também é jurada da competição.
De acordo com a diretora do Departamento de Alimentação Escolar (DEA), Edneia Elisabete Cardoso Sobral, a ideia da realização do concurso surgiu diante dos problemas enfrentados no pós-pandemia com a escassez de itens alimentícios. “Dentro do contexto nutricional que a gente passava, elas foram criando novos pratos e enviando fotos. Ovo feliz, estrogonofe de ovo, cuscuz da tropa, feijão delicinha… por isso, pensando em valorizar essas meninas, pois sem os merendeiros, nosso trabalho é em vão”, ressalta.
“Conseguimos ainda essa parceria maravilhosa com a Unit que abriu as portas e deu todo o apoio. Se não fosse a Unit, o evento não seria realizado. Elas estão se sentindo verdadeiras chefes de cozinha”, acrescenta Edneia.
Para a merendeira de Itabaiana, Maria Lucilene Moraes, o momento foi de boas expectativas. “Eu represento o Murilo Braga, DR3 e eu estou muito feliz. O prato que escolhi para preparar foi o baião nordestino porque é uma delícia. Quando eu fiz no colégio os alunos adoraram. Fiz essa receita porque é feita somente com as coisas que temos na escola e ficou do mesmo jeito que a original, é fácil e prática também para fazer em casa. Tem que fazer com carinho e com amor que vai dar certo”, declara.
A merendeira Carla Regina Oliveira é de Capela e ama cozinhar para as crianças da escola. “Eu sou apaixonada por cozinha, amo ser merendeira. Pensei em preparar um lanche que seria bem atrativo. O meu público é de crianças de seis a 10 anos, então é mais difícil lidar com a alimentação. Por isso, programei fazer uma alimentação que chamasse a atenção delas e com nutrientes suficientes. Muitas crianças chegam na escola sem alimentação, então é uma forma da gente colocar para eles uma alimentação mais completa para que eles saiam, voltem pra casa bem alimentados”, afirma.
Todos os nove finalistas foram premiados de acordo com a colocação ao final da degustação e avaliação dos jurados. Maria Lucilene Moraes ficou em 8º lugar com a receita do baião nordestino e Carla Regina Oliveira ficou em 5º lugar com o preparo de almôndegas de batata doce.
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