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Debate sobre enfrentamento à violência contra a mulher encerra Agosto Lilás

O evento realizado pelo PPGD reúne alunos do curso de Direito para debater sobre os Direitos Humanos das mulheres e suas violações 

às 19h17
Debate sobre enfrentamento da violência conta à mulher
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Para encerrar as ações realizadas em alusão ao Agosto Lilás,  os alunos bolsistas do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPGD) da Universidade Tiradentes (Unit) participaram de uma roda de conversa para sensibilização e enfrentamento à violência contra a mulher, realizada neste dia 30, no Tiradentes Innovation Center.

A delegada do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da cidade de Lagarto/SE, Ana Carolina Jorge, e a Juíza Coordenadora da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), Rosa Geane Nascimento, foram as convidadas da vez. Na oportunidade, apresentaram as ferramentas utilizadas no Estado de Sergipe para o enfrentamento da violência contra a mulher.

“O objetivo desse debate é para que a delegada Ana Carolina e a juíza Dr. Rosa Geane falem sobre o trabalho delas na rede de enfrentamento da violência contra a mulher, apresentando os elementos que nós temos, que demonstram esse enfrentamento e que acolhem essas mulheres em situação de violência. Nos apropriar das ferramentas que são oferecidas no Estado de Sergipe é um dos objetivo desse momento”, explica a coordenadora do PPGD da Unit, Drª Grasielle Vieira.

A delegada do DAGV de Lagarto, Ana Carolina Jorge, exemplificou as ferramentas utilizadas pela Segurança Pública do Estado de Sergipe por meio da assistência social, educação e participação dos profissionais da segurança pública em criar uma rede de proteção para as mulheres.

“Nesse evento nós podemos tratar as ações que estão sendo desenvolvidas pela Segurança Pública, no caso, a Polícia Civil com relação ao enfrentamento a violência doméstica. Trazer essa temática para o ambiente acadêmico é de extrema relevância para mostrar sobre que perspectiva nós estamos trabalhando. Na importância da leitura da Lei Maria da Penha, sobre a perspectiva de gênero, dos seus aspectos transversais e aplicando o princípio da proteção integral, para que a mulher saia efetivamente da situação de violência em que ela se encontra”, comenta a delegada. 

Atlas da Violência contra a mulher 

Durante o debate, a juíza Dr. Rosa Geane trouxe dados do Atlas da Violência de 2020. De acordo com o levantamento, uma mulher é assassinada a cada 2h. Em 2021, foram registrados 1.341 assassinatos de mulheres vítimas de violência  no Brasil. 

“Nós estamos aqui por essas mulheres que já não têm mais voz, mas que têm filhos, amigos e amigas, pais e mães, irmãos e irmãs que choram por essas perdas. Não é possível que a gente continue olhando a violência contra a mulher da mesma maneira. Por isso, devemos usar as ferramentas disponíveis para que a mulher possa sair da situação viva”, pontua a juíza Rosa Geane. 

A professora integrante do PPGD e do curso de Direito da Unit, Gabriela Maia Rebouças, falou sobre a preocupação do Programa em debater as questões de gênero e levar para a sociedade esse debate. “A intenção é continuar realizando  ações em torno da violência doméstica, da violência contra a mulher, para que a gente contribua para uma sociedade sem violência. Contribuir para uma sociedade mais igualitária. Uma sociedade mais humana”, afirma.

Os alunos do curso de graduação e pós-graduação de Direito da Unit tiveram a oportunidade de levar para o debate dúvidas referentes à identificação dos tipos de violências, e quais ferramentas utilizar durante a orientação e acolhimento da vítima.

O aluno do PPGD, Rodrigo Santos Souza participou das ações do Programa. “Participei basicamente de todas as etapas. Participei do laboratório de atendimento, fui para a Praça Fausto Cardoso para a ação com a comunidade, e hoje estou aqui participando da roda de conversa sobre o enfrentamento da violência contra a mulher porque é de extrema importância conhecer todas a ferramentas da atuação do direito e as estratégia que podem ser usadas no combate à violência”, avalia Rodrigo.

A roda de conversa sobre a sensibilização e enfrentamento à violência contra a mulher está disponível no canal do Youtube

 

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