Discutir a atuação dos profissionais da Psicologia, Educação Física e Nutrição no acompanhamento e prevenção de transtornos de ansiedade, prática de atividades físicas e reeducação alimentar. Esse foi o objetivo do Talk Show Cuidado da Saúde Física e Mental realizado no último dia 29 na Universidade Tiradentes (Unit).
A conversa iniciou abordando sobre o trabalho realizado em conjunto pelos profissionais de saúde no pós-pandemia. O coordenador operacional do curso de Psicologia da Unit, professor Saulo Almeida, falou sobre a preocupação entre os profissionais da saúde em que a pandemia evidenciaria alguns transtornos mentais considerados mais comuns. A exemplo da ansiedade e depressão.
“Os transtornos de ansiedade acabam sendo mais frequentes que os transtornos depressivos. Em 2020, no Brasil, cerca de 80% da população apresentou quadros depressivos e de ansiedade. Isso mostra que o sofrimento humano está mais latente, e fica mais evidenciado em encontros, relacionamentos pessoais e no trabalho. Essa situação se intensificou durante a pandemia e agora mais pessoas estão procurando acompanhamento psicológico para lidar com as sequelas”, explica o professor Saulo..
Outro ponto debatido foi sobre a prática de atividade física na melhoria da qualidade de vida, principalmente para pessoas que tenham transtornos de ansiedade e depressão. O coordenador de Educação Física, professor Antenor Neto, explicou que durante o isolamento social, ficou difícil que as pessoas praticassem exercícios, e isso afetou a saúde mental.
“O exercício físico beneficia a saúde atuando em dois aspectos principais, tanto na prevenção, quanto no tratamento auxiliar de um quadro depressivo. E durante a pandemia muitos deixaram de praticar. A liberação de neurotransmissores que dão prazer e felicidade são importantes para manter a saúde mental e física. É justamente isso que o corpo precisa estar em movimento para prevenir a ansiedade e depressão”, avalia o professor Antenor.
Já a alimentação e os transtornos alimentares estão cada vez mais em evidência após o período de isolamento social. “Durante o início da pandemia em 2020, onde ficavamos confinados em casa proporcionou o desencadeamento de transtornos alimentares. O cenário era de comer corretamente e não fazer educação física. Com isso surgiram problemas psicológicos, e descontar tudo na comida virou hábito. Naquele momento o aumento de peso estava proeminente nessa situação e se muitas pessoas desenvolveram quadros de compulsão alimentar e anorexia como um reflexo da ansiedade causada pelo isolamento”, exemplifica o coordenador do curso de Nutrição, professor Hugo Xavier.
Para os interessados em se aprofundar nessa discussão, o Talk Show está disponível no canal do Youtube da Unit.
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