Durante os Jogos da Juventude de 2022, realizados de 02 a 17 de setembro em Aracaju (SE), mais de 4 mil atletas dos 12 aos 17 anos, de escolas públicas e privadas de todo o país, realizaram um total de 45.375 avaliações físico-funcional e do potencial epigenético. A ação foi realizada por estudantes da Universidade Tiradentes (Unit) que fazem parte do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH).
O diferencial desta edição foi a avaliação do potencial epigenético, por meio da dermatoglifia, que é uma análise das impressões digitais digitalizadas. Esse procedimento possibilita indicar a cada pessoa a posição ou modalidade mais indicada para seu perfil epigenético.
O coordenador do LABIMH, professor doutor Estélio Dantas, explica que na dermatoglifia foram realizadas 3.500 avaliações válidas. “Consideramos a coleta de dez impressões por atleta e obtemos impressionantes 35 mil impressões digitais. Um marco para pesquisas nessa área e que permitirá observarmos novas conclusões para a área de orientação esportiva e detecção de talentos”, explica.
Para isso, as avaliações foram iniciadas 10 dias antes do início dos Jogos, no Centro de Convenções de Aracaju. “Iniciamos as atividades antes para realizarmos a captação e treinamento dos acadêmicos que viriam a fazer parte do Centro de Monitoramento e Avaliação do Comitê Olímpico Brasileiro”, esclarece.
Avaliação dos atletas
Alunos da Unit dos cursos de Educação Física, Fisioterapia e Medicina foram selecionados para colaborarem como voluntários do Centro de Monitoramento e Avaliação (CAM). A aluna do doutorado do Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente (PSA) da Unit, Cristiane Kelly Aquino dos Santos, aprovou a oportunidade de atuar nos Jogos da Juventude como avaliadora.
“Foi uma experiência maravilhosa, tanto por participar de um evento grande na área esportiva deste país, quanto por poder contribuir com organização e execução do evento. Foi muito gratificante ser reconhecida pelas minhas contribuições, desempenho e comprometimento dos voluntários. Essa experiência contribui fortemente para a pesquisa científica a qual me dedico, sendo um marco para pesquisas na área da epigenética, o que implicará em novas abordagens para a área de orientação esportiva e detecção de talentos”, comenta.
Para tanto, o COB estabeleceu um circuito de avaliação física e epigenética, que envolvia mais de dez estações, das quais a equipe poderia avaliar atletas das modalidades: Futsal, Natação, Voleibol, Wrestling e Badminton.
Atletas olímpicos consagrados como a campeã olímpica de Taekwondo, Natália Falavigna; Hortência, do Basquete; Rebeca Andrade, da Ginástica Artística; Anna Marcela, da Natação; Sarah Menezes, do Judô; Rodrigo Santana (Rodrigão), do Vôlei; e autoridades como o Ministro da Cidadania, egresso da Unit, Ronaldo Vieira Bento; o Presidente do COB, Paulo Wanderley; o Vice-Presidente do COB, Fabiano Peçanha; e a Superintendente de Esportes do Estado de Sergipe, Mariana Dantas; fizeram questão de passar pela avaliação epigenética, mesmo sem realizarem as demais avaliações.
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