O professor da Universidade Tiradentes (Unit), doutor César Pavão conquista medalha de prata na categoria 40/44, ficando em oitavo lugar geral no Campeonato Brasileiro de Triathlon Sprint, que aconteceu em Maceió-AL, no dia 11 de setembro. César treina na modalidade há mais de dez anos, quando fazia o doutorado em geociências aplicadas pela Universidade de Brasília (UNB). No triathlon sprint (ou short), são 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida.
“Conquistar algo é sempre bom. Mas entro em uma prova para dar o meu melhor, minha preocupação não é com os ‘adversários’ e sim comigo. Quero sempre dar o meu melhor, se isso for suficiente para ganhar, maravilha. Caso contrário, maravilha também. Uma coisa boa do triathlon: mesmo quando não se ganha a prova algo de muito bom se tira como aprendizado”, conta.
Pavão participa das provas como atleta amador e vem conquistando espaço na modalidade. “No triathlon, essas provas são chamadas de ‘Age Group’, ou seja, categorias de idade. Então, a disputa é sempre entre pessoas ‘normais’ que têm trabalho, família e outras tarefas no dia a dia”, explica. Para ele, é difícil dizer o que o esporte significa, mas cita algumas palavras que remetem ao triathlon: “disciplina, aprendizagem, coragem, resiliência, paciência e prazer”, afirma.
Quando iniciou no esportes, em 2011, o principal objetivo dele era retomar hábitos saudáveis. “Sempre pratiquei esportes, porém em 2008 quando me mudei para Brasília para fazer meu mestrado e doutorado dei uma parada. Em 2011, ainda no doutorado, sentia dificuldade em subir escada, estava me alimentando muito mal e com sobrepeso. A partir desse momento retomei o esporte, comecei com a caminhada, uma corrida leve, um passeio de bike e algumas aulas de natação”, relembra o professor.
Para ele, o esporte impactou tanto a vida pessoal quanto a profissional. “O triathlon em si é muito interessante, pois cada treino é distinto do outro, cada prova depende de inúmeras variáveis como distância, altimetria, temperatura, vento etc. Ou seja, temos sempre que estar nos reprogramando e improvisando. A rotina de professor é muito semelhante, jamais uma aula será igual a outra. O simples questionamento de um aluno pode levar a aula para um rumo completamente distinto do planejado, assim teremos que nos reprogramar e improvisar também”, ressalta.
Títulos
Desde que o professor começou a praticar o esporte, já coleciona vários títulos, entre eles os de campeão brasileiro de Sprint Triathlon (2013), terceiro colocado no brasileiro de Sprint Triathlon (2014) e no Troféu Brasil de Short Triathlon (2014), campeão brasiliense de triathlon (2014), campeão do SESC Triathlon de Palmas-TO (2014), ironman finisher (2015, 2017, 2019 e 2021), vice-campeão sergipano de Aquathlon (2020) e vice-campeão da última etapa do Brasileiro de triathlon.
Os resultados alcançados por Pavão têm levado o nome de Sergipe às mais diversas competições. No entanto, a prática do esporte no estado não é tão conhecida pela falta de incentivo. “Vale citar que há alguns anos, a Federação de Triathlon de Sergipe está inativa. Então, a situação do triathlon sergipano está diretamente ligada à boa vontade das assessorias esportivas e algumas pessoas que se aventuram em organizar treinos, simulados e provas, gostaria de aproveitar a oportunidade para parabenizar e citar a Peaks Coaching Group, CF Assessoria e a turma do Caranguejoman que estão movimento e lutando pelo triathlon no estado”, conclui.
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