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EAD para alunos autistas: a importância do acompanhamento e inclusão

A vida do autista no ensino superior pode ser desafiadora, mas com um bom apoio e acompanhamento psicológico pode se tornar mais leve

às 19h27
Foto: Freepik
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Da escolha do curso ideal até a entrega do diploma, a vida universitária de um autista tem muitos desafios, para dar continuidade na difícil trajetória que une autismo e ensino superior, o estudante precisa encarar o modelo padrão de ensino, seja em sala de aula ou por meio da Educação a Distância (EAD).

Diferente dos ensinos infantil, fundamental e médio, o caminho para adaptação dos cursos superiores precisa ainda de mais atenção quando se trata de incluir pessoas com necessidades diferenciadas. Mas, aos poucos, esse assunto vai tomando lugar dentro das instituições, as quais precisam ter um olhar minucioso para com esses alunos.

A Universidade Tiradentes (Unit), por exemplo, conta com a ajuda do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (NAPPS), que oferece suporte, apoio e acompanhamento psicológico não só aos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), como também para toda sua família. “Cada caso é único e é atendido de acordo com a necessidade. Assim que tomamos conhecimento, esse acompanhamento é feito durante todo o tempo que estiver na universidade”, explica a coordenadora do Napps, Kátia Maria Araújo.

Tanto ao jovem autista quanto à família e amigos, é importante lembrar que o momento de saída do ensino médio para o ensino superior é uma fase complicada e que pode ser bastante estressante. Além do processo de adaptação que precisa de uma atenção maior. “A inclusão do aluno se dá na medida em que é possível facilitar a socialização, a comunicação, o aprendizado, fazendo com que o aluno se sinta parte do processo”, afirma Kátia.

Alunos autistas e o EAD

A permanência na faculdade é um duplo desafio aos autistas, que precisam manter um bom desempenho e a ainda criar um círculo saudável de pessoas ao seu redor, já os alunos autistas da modalidade EAD não possuem tanto esse contato por estudarem em sua maior parte de forma online, entretanto, a Unit também oferece suporte e acompanhamento para estudantes dessa modalidade desde o início.

“Os alunos do EAD quando já possuem diagnóstico e somos informados, orientamos aos coordenadores e professores virtuais sobre comportamentos, atitudes, adaptação de provas, mas não temos um acompanhamento sistemático. Fazemos orientação virtual”, explica a coordenadora.

A coordenadora pontua que é importante o acompanhamento do TEA em todas as fases da vida e que a inclusão do aluno com o espectro ao ensino superior é de extrema importância para uma sociedade mais justa. 

“As vantagens perpassam por toda a sua vida contribuindo para o se sentir útil. Todos nós temos dificuldades e potencialidades. Se a pessoa com TEA se percebe fazendo parte da sociedade sem ser discriminado ou criticado, ele irá desenvolver suas potencialidades e terá menos danos à sua saúde mental. Os cuidados são direitos e não favores. A sociedade precisa eliminar as barreiras atitudinais pois estas fazem mal aos indivíduos. Precisamos ser humanos”, infere.

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